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terça-feira, 2 de junho de 2020

Standard Bank na prevenção da covid-19 através da música

O Standard Bank está a usar a influência dos artistas e o poder persuasivo da música para veicular mensagens sobre a prevenção do novo coronavírus, através das redes sociais e da televisão.

A iniciativa, que tem sido desenvolvida através de espectáculos musicais transmitidos em directo pela Televisão de Moçambique (TVM) e pelas redes sociais do banco, já alcançou cerca de 30 mil pessoas. Como as pessoas têm de permanecer em casa, devido à implementação das medidas previstas no Estado de Emergência, os artistas recorrem à transmissão em directo dos espectáculos como uma nova maneira de interagir com o público.

Com efeito, o banco, em parceria com a TVM e a Escola de Comunicação e Artes da Universidade Eduardo Mondlane (UEM) realizou shows live com o guitarrista moçambicano Jimmy Dludlu e com a banda Ghorwane, durante os quais os artistas intercalaram as músicas com mensagens sobre a prevenção da covid-19.

"Entendemos que o isolamento social deve ser respeitado. Não queremos que a pandemia do coronavírus atinja níveis insustentáveis, no País, daí que desenvolvemos este projecto para incentivar as pessoas a ficarem em casa e prevenirem-se devidamente”, referiu, a propósito, Alfredo Mucavela, director de Marketing e Comunicação do Standard Bank. Com a ajuda dos músicos, segundo explicou Alfredo Mucavela, queremos educar as pessoas, através da disseminação das medidas de prevenção, nomeadamente a lavagem das mãos com sabão ou cinza, desinfecção das mãos com álcool, uso de máscaras e observância do distanciamento social.

Abordado momentos após o show live, Roberto Chitsondzo, músico da banda Ghorwane, indicou que o facto de o Presidente da República, Filipe Nyusi, ter prorrogado por mais 30 dias o Estado de Emergência, significa que as pessoas têm que ser muito mais responsáveis na luta contra a pandemia.

“Durante a nossa actuação, tivemos a oportunidade de transmitir várias mensagens sobre a necessidade de reforçarmos os cuidados a ter em conta, com vista a evitar o contágio, sobretudo comunitário do novo coronavírus. Vamos usar as máscaras para nos protegermos e proteger também o próximo”, disse.



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Depois do óbito na comunidade covid-19 explode em Nampula que “é neste momento a província ...

Grafismo de Nuno TeixeiraA província mais populosa e que foi o local do primeiro óbito da covid19 em Moçambique tornou-se esta terça-feira (02) na região “que tem a maior taxa de positividade” com o diagnósticos de 47 pacientes num único dia, seis deles crianças. Embora as autoridades continuem a negar é cada vez mais evidente a transmissão comunitária do novo coronavírus com infectados localmente até no Distrito de Mogovolas.

Desde que foram identificados os primeiros casos positivos do novo coronavírus na Província de Nampula todos os dias em que foram testados casos suspeitos novos pacientes foram diagnosticados. Estranhamente no 1º dia do mês de Junho nenhuma amostra chegou da chamada capital norte, contudo esta terça-feira foram testados 120 casos suspeitos, dos 269 testes realizados pelo Instituto Nacional de Saúde.

“Dos novos casos testados 216 revelaram-se negativos e 53 revelaram-se positivos para a infecção da covid-19, assim o nosso país conta com um cumulativo de 307 casos positivos sendo que 281 são de transmissão local e 26 casos são importados”, anunciou a Directora Nacional de Saúde que explicou “todos são de nacionalidade moçambicana, 17 casos são assintomáticos e 36 apresentam sintomatologia leve a moderada”.

Falando em Maputo em conferência de imprensa a Dra. Rosa Marlene detalhou: “da Província de Cabo Delgado, no Distrito de Palma (Sede), um indivíduo do sexo masculino com idade superior a 15 anos”, “também temos casos na Cidade de Maputo, onde temos três indivíduos do sexo feminino, com idade superior a 15 anos e dois indivíduos do sexo masculino com idade superior a 15 anos”.

“Da província de Nampula, com 47 casos, na Cidade de Nampula temos 14 indivíduos do sexo feminino, destes quatro são menores de 15 anos de idade e 10 apresentam uma idade acima dos 15 anos. Temos também 24 indivíduos do sexo masculino, dois são menores de 15 anos de idade e 22 com idades superiores a 15 anos”, indicou a Directora Nacional de Saúde que revelou “na mesma província, no Distrito de Mogovolas, temos quatro indivíduos do sexo masculino, com idade superior a 15 anos, e cinco indivíduos do sexo feminino com idade superior a 15 anos”.

A Dra. Rosa Marlene erradamente declarou que “os casos de Nampula são de dois locais de trabalho, de casos que nós notificamos há duas ou três semanas, em períodos diferentes, e estes todos são contactos de pessoas positivas, portanto são casos confinados, tanto em Mogovolas como na Cidade de Nampula, estão num local confinado”. Na verdade nenhum dos novos doentes está em confinamento mas em isolamento domiciliar, alguns num acampamento.

“Nampula é neste momento a província que tem a maior taxa de positividade”

Mas o facto é que até esta terça-feira (02) nenhum caso positivo havia sido anunciado no Distrito de Mogovolas pelo Ministério da Saúde. O @Verdade apurou que o diagnóstico do infectado tentou ser ocultado pelas autoridades provinciais pois aconteceu num dos acampamentos de empresas estrangeiras, Parceiros de Cooperação muito importantes, que estão a realizar um projecto económico estratégico para a Província de Nampula.

O director-geral adjunto do Instituto Nacional de Saúde disse que “os 47 casos de Nampula que foram reportados hoje eles são resultantes de duas cadeias de transmissão, uma cadeia em Nampula (Cidade) e uma cadeia em Mogovolas”.

“Nampula, em termos de perfil epidemiológico é neste momento a província que tem a maior taxa de positividade, o número de indivíduos que são positivos entre o universo de testados, que nos preocupa. Outro aspecto é que a Província de Nampula tem um densidade populacional elevada”, declarou o Dr. Eduardo Samo Gudo Jr acrescentando que está a ser ponderado o alargamento da vigilância activa que existe em apenas 5 locais da província que tem mais de 5,7 milhões de habitantes.

Entretanto o @Verdade apurou que, embora as autoridades de Saúde afirmem que a propagação do novo coronavírus na Sede do Distrito de Palma não está directamente relacionada com os casos diagnosticados nos acampamentos da petrolífera Total em Afungi, pelo menos um trabalhador de um empresa de segurança privada que presta serviços nessas instalações foi diagnosticado com o covid-19 em meados do mês de Maio.

Apesar da evidente transmissão comunitária nas províncias de Nampula, Cabo Delgado e mesmo na Cidade de Maputo o Ministério da Saúde continua a argumentar que Moçambique “está em transição” para o estágio mais grave da pandemia que já causou dois óbitos, enterrados sem que o seu estado serológico tivesse sido diagnosticado.



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Soja, girassol, gergelim e macadâmia novas culturas estratégicas em Moçambique

O ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural anunciou esta terça-feira (02) a reorientação estratégica dos institutos do Algodão e do Cajú para colocarem no seu espectro a soja, o girassol, o gergelim e a macadâmia. “Estamos a ser consistentes com o nosso pensamento de promoção de cadeias de valor e acima de tudo de promoção de culturas que agregam valor ao rendimento familiar mas também a economia nacional”, afirmou Celso Correia.

O Conselho de Ministros aprovou a transformação do Instituto de Algodão de Moçambique em Instituto de Algodão e Oleaginosas de Moçambique (IAOM) e ainda a substituição do Instituto de Fomento do Cajú pelo Instituto de Amêndoas de Moçambique (IAM).

O ministro Celso Correia explicou que o IAOM passará a “olhar não só para o algodão mas para as culturas de soja, gergelim e girassol. Queremos com esta decisão criar especialidade e orientação estratégica da nossa estrutura governamental para que nos próximos 2 anos Moçambique possa voltar a produzir de forma estruturada óleo”.

“Importa referir que Moçambique neste momento importa 150 milhões de dólares de óleo e o mercado da região oferece uma oportunidade de 1 biliões de dólares. Neste momento estamos a exportar gergelim para o Japão, que é usado para fazer um dos azeites mais apreciados naquele mercado. Não estamos a produzir ainda quantidades de girassol que satisfaçam as necessidades locais por isso nos próximos 30 dias o Governo irá apresentar uma estratégia específica para estas culturas”, referiu.

O @Verdade apurou que em 2019 a produção de soja foi de apenas 49 mil toneladas, quantidade idêntica prevista para 2020. Foram produzidas 112 mil toneladas de gergelim e durante esta campanha a projecção é de um pequeno aumento para 118 mil toneladas. As 16 mil toneladas de girassol produzidas no ano passado devem reduzir para 15 mil, segundo projecções do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADER).

A estratégia do MADER passa por usar os 200 mil camponeses organizados no sector de produção do chamado “ouro branco” para dinamizarem a produção destas três oleaginosas que pode resolver o drama de parcos rendimentos desses moçambicanos, aumentar a produção dessas culturas, impulsionar a industria nacional e reduzir as importações.

Correia esclareceu ainda que durante 19ª sessão ordinária do Conselho de Ministros “foi aprovada também a constituição e a transformação do instituto do cajú em instituto de amêndoas, alargando o espectro da acção para outras amêndoas com particular enfâse para a macadâmia que vem ganhando espaço e estrategicamente também irá representar um ganho para o país”.

140 mil toneladas de castanha de cajú foram produzidas em Moçambique durante a campanha agrária passada e 142 mil toneladas são esperadas este ano, das quais o Governo projecta que serão exportadas 60 mil toneladas e poderão render 84 milhões de dólares norte-americanos, contudo a ambição do ministro Correia é introduzir a macadâmia “como cultura familiar permitindo assim maiores rendimentos. O mercado de amêndoas a nível global é de cerca de 92 biliões de dólares e Moçambique tem explorado a sua franja domínio do caju, pretendemos intensificar a produção do caju, intensificando o sector, neste momento a nossa capacidade de transformação industrial ainda não acomoda toda a produção de castanha, mas queremos também explorar outras oportunidades que as amêndoas oferecem”.

“Desta forma estamos a ser consistentes com o nosso pensamento de promoção de cadeias de valor e acima de tudo de promoção de culturas que agregam valor ao rendimento familiar mas também a economia nacional, dentro da nossa política de geração de emprego, dentro da nossa política de melhoria do rendimento familiar, mas acima de tudo de substituição de importações, que tem condicionado a nossa política macro-económica”, perspectivou Correia.

 



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