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terça-feira, 21 de agosto de 2012

Diário de um sociólogo: Apartheid não tem raça: massacre de Marikana (5)

Diário de um sociólogo
thumbnail Apartheid não tem raça: massacre de Marikana (5)
Aug 21st 2012, 22:55

Quinto número desta série. Segundo um editorial da revista Amandla, "O nível de violência nas (...) minas demonstra as divisões profundas e a polarização da sociedade Sul-Africana. Os mineiros trabalham em condições de pobreza extrema e muitas vezes vivem na miséria em acampamentos sem serviços básicos. Frequentemente, estes trabalhadores são utilizados por engajadores e não têm condições de trabalho dignas." Aqui. De acordo com um relatório da Fundação Bench Marks, uma organização não-governamental que monitora as práticas das multinacionais de mineração, os trabalhadores geralmente vivem em habitaçcões precárias de bairros informais, sem condições sanitárias, água potável e electricidade. Muitas crianças sofrem de doenças crónicas. Nesses bairros informais reinam o crime, a prostituição e o gangsterismo. Por outro lado, são más as condições de trabalho e segurança nas minas. Confira aqui. Acresce que muitos trabalhadores são perfuradores de rochas, o mais perigoso trabalho mineiro. AquiRecorde aqui. Crédito da imagem aqui.
(continua)
Adenda: "A "greve selvagem" (à semelhança doutras greves mineiras) que despoletou os acontecimentos anteriores ao massacre é uma resposta à violência estrutural do sistema mineiro na África do Sul. Contudo, também é uma resposta a outra coisa, que não podemos ignorar. Os proprietários das minas enriquecidos com a experiência do programa BEE [Empoderamento Económico Negro] vêem a oportunidade para cavar um fosso entre líderes sindicais "razoáveis" e os trabalhadores. Eles seduzem os sindicatos para relacionamentos muito próximos, separando-os da base dos trabalhadores. A raiva presente nas minas é uma raiva profunda contra os gestores que está a ser progressivamente dirigida para a submissão e o fracasso da sua liderança sindical em defender e representar os interesses dos trabalhadores." Aqui.
Adenda 2: uma forma de conferir aos protestos o selo da mão externa consiste em atribuir a estranhos a razão principal da greve - eis uma posição da Lonmin, aqui.
Adenda 3: Por trás do massacre de Marikana - um trabalho de Martin Plaut, aqui.
Adenda 4:Trabalho de Aynda Kotaaqui.

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