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quarta-feira, 23 de abril de 2014

A sete dias do fim do censo: Inscritos 9 milhões de eleitores

A SETE dias do final do período do recenseamento eleitoral, o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) registou 9.336,039 eleitores, o correspondente a 76.50 por cento do total de 12.203,727 previstos para participarem nas eleições de 15 de Outubro.

De acordo com o director de Educação Cívica e Formação do STAE-Central, Cláudio Langa, estes dados preliminares não correspondem às inscrições feitas pela globalidade das brigadas espalhadas por todo o território nacional, devido a problemas de comunicação.

Segundo o nosso entrevistado, desta cifra, 3.059,794 foram inscritos nos cadernos eleitorais no ano passado, ou seja, na preparação das eleições autárquicas que tiveram lugar em 53 municípios existentes no país.

“Isto significa que nos pouco mais de dois meses de actividades do censo eleitoral, as nossas brigadas conseguiram inscrever cerca de 6.276,245 eleitores, ou seja, 68.64 por cento do universo de 9.143,923 eleitores previstos para serem inscritos no presente ano”, disse.

No que tange ao censo em termos provinciais, Nampula apresenta o índice mais elevado, a nível global, com 1.807,839 eleitores, o que corresponde a 73.93 pontos percentuais do previsto que é de 2.445,251 eleitores; seguida pela Zambézia com 1.445,695 (61.44 por cento de 2.198,943 eleitores); Cabo Delgado, com 868.095 inscritos (92.88 por cento de 934.653); Tete com 824.145 eleitores (68.79 por cento de 1.123,978); Sofala com 816.564 eleitores (81.43 por cento de 936,610) e província de Maputo com 688.330 inscritos do total de 890.406, o correspondente a 52.11 por cento.

Ainda no que respeita às inscrições por províncias, a cidade de Maputo posiciona-se em sétimo lugar com 674.028 eleitores, o equivalente a 48.87 por cento do universo de 736.119 eleitores; seguida da província de Manica com 644.884 inscrições, o equivalente a 70.27 por cento do universo de 833.197; Inhambane com 541.817 eleitores (72.36 por cento de 694.302 cidadãos previstos); Niassa com 528.204 inscritos (63.79 pontos percentuais de 752.653) e, finalmente, Gaza com 496.438, cerca de 68.05 por cento do universo de 657.615 potenciais eleitores.

Para esta última semana do censo eleitoral o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral vai intensificar as campanhas de educação cívica, quer nos órgãos de comunicação de massas, quer no contacto interpessoal.

Para o efeito, o STAE alocou mais brigadas no terreno, sobretudo nas zonas rurais, onde o grosso da população está a ser inscrito, visto que nos centros urbanos o registo de eleitores foi feito no ano passado, aquando da preparação das autárquicas de 20 de Novembro.

Aliás, Cláudio Langa mostrou-se optimista quanto ao sucesso deste registo, afirmando que em sete dias é possível recensear um pouco mais de dois milhões de eleitores. “Para tal, todos os cidadãos com idade de votar devem se dirigir aos postos de votação, que funcionarão para além da hora, inicialmente, prevista para o seu encerramento, que era 16 horas”, apelou a nossa fonte.

Aliás, com vista a prestar cada vez melhor, um serviço aos potenciais eleitores, o STAE decidiu tomar medidas adicionais para o processo de recenseamento. Assim, para além de alargar o período diário de inscrição de eleitores, reforçou o número de brigadistas em locais de grandes aglomerados populacionais; intensificou o apoio técnico de logístico das brigadas; reforçou os incentivos aos brigadistas; equipou a maior parte de brigadas com luz artificial; aumento de “stocks” de materiais de inscrição e melhorou a assistência técnica ao material informático, entre outras acções.

De referir que o censo eleitoral arrancou em todo o país a 15 de Fevereiro e vai se prolongar até 29 de Abril corrente. Neste processo estão envolvidas 4.078 brigadas, o que corresponde a um total de 12.234 brigadistas, visto que cada equipa é constituída por três elementos.

Contudo, importa realçar que destas, nove brigadas estacionadas em diversos pontos do distrito de Gorongosa ainda não entraram em funcionamento devido a razões de segurança. Trata-se de locais que estão a ser alvo de ataques armados protagonizados por homens armados da Renamo, ataques estes que provocaram já dezenas de mortos e avultados danos materiais.

 DIÁSPORA RECENSEIA 84 MIL

PELO menos 84.405 moçambicanos foram recenseados na diáspora, com vista às eleições presidenciais, legislativas e provinciais, agendadas para 15 de Outubro próximo.
O director-geral do Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE), Felisberto Naife, disse, domingo, citado pela Rádio Moçambique (RM), que a instituição ainda aguarda os dados definitivos de alguns países, como África do Sul e Malawi. Nestes dois países, ainda falta actualizar os dados das cidades de Pretória, do Cabo e Lilongwe.
No entanto, de acordo com os dados provisórios, a África do Sul recenseou maior número de eleitores, ao inscrever cerca de 47 mil moçambicanos. Aliás, a África do Sul alberga maior número de moçambicanos em comparação com os outros países da região. Logo a seguir vem a Tanzania, o Zimbabwe e o Malawi.
Depois de um incidente no início do processo a 16 de Março envolvendo a polícia malawiana e dois brigadistas do STAE, o Governo de Lilongwe autorizou o recenseamento eleitoral dos moçambicanos no Malawi, explicando que esta constitui uma prática normal em todos os países onde Moçambique tem  representações diplomáticas.
Os brigadistas do Secretariado Técnico da Administração Eleitoral foram confundidos com agentes que estariam por detrás da alegada fraude a favor da Presidente Joyce Banda. Os malawianos vão às urnas a 20 de Maio próximo e a situação está tensa no país, com a oposição a tentar provar, a todo o custo que as eleições serão fraudulentas.
No caso do Malawi, o recenseamento eleitoral dos moçambicanos teve lugar em Lilongwe, Blantyre, Nsanje, Ntchalo e Chikwawa, com brigadas fixas e móveis. O registo decorreu entre os dias 16 de Março e 14 de Abril.
À semelhança do que aconteceu em 2009, o recenseamento eleitoral na diáspora realizou-se em nove países, dos quais sete africanos e dois europeus, nomeadamente África do Sul, Zâmbia, Malawi, Zimbabwe, Quénia, Tanzania, Suazilândia (África) e Portugal e Alemanha, na Europa.

Em 2009 foram recenseados na diáspora 56.300 potenciais eleitores.
O Parlamento moçambicano tem dois assentos reservados aos moçambicanos que vivem na diáspora, um para a África e o outro para o resto do mundo.

AIM – 23.04.2014

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