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terça-feira, 18 de julho de 2017

Detidos assaltantes à mão armada e consumidores de droga na Matola

A Polícia da República de Moçambique (PRM), na cidade da Matola, privou, no passado fim-de-semana, a liberdade de sete cidadãos, dos quais quatro indiciados de roubos com recurso a amas de fogo e brancas e três por consumo de estupefacientes. Estes últimos assumem o crime de que são acusados, justificando, porém, que para eles não constitui delito, na medida em que faz parte dos hábitos do rastafarismo.

Dos quatro jovens acusados de cometimento de assalto a residências e em estabelecimentos comerciais, usando instrumentos contundentes, a Polícia disse que um foi baleado quando supostamente tentava fugir.

Na posse dos visados, que negam o seu envolvimento no crime que lhes é imputado, as autoridades da Lei e Ordem recuperaram uma pistola com as respectivas munições e alguns bens roubados.

A vítima alvejada a tiro durante a perseguição com a PRM encontrava-se internada até ao fecho desta edição. Na posse de outros três indiciados, ora encerrados na 17a esquadra, no bairro T3, foi confiscada uma catana e um machado, para além de bens roubados.

Trata-se de uma quadrilha que semeava terror no município da Matola e já era procurada, há bastante tempo, segundo Fernando Manhiça, porta-voz da PRM, naquele ponto do país. Um dos detidos considerou que a sua detenção é ilegal, pois nunca usou arma de fogo e não cometeu crime.

“Os agentes da Polícia prenderam-me em casa” supostamente “porque eu tinha uma arma, mas a tal arma foi encontrada numa outra casa, onde eu sou inquilino”.

Em relação às três pessoas também recolhidas aos calabouços, indiciadas de consumo de cannabis sativa, vulgo soruma, todos assumiram o acto, mas justificaram que tal prática faz parte dos seguidores do movimento Rastafari, de que são integrantes.

Do referido grupo, consta uma mulher, a qual alegou que usava soruma como medicamento para o seu filho. Ela realçou que não fuma e nunca o fez, apenas “dava à minha criança como remédio (...)”.

“Apanharam-me [os policiais] com uma pequena quantidade de soruma. Eu uso como rasta, como minha tradição e cultura”, disse um outro acusado, considerando que foi detido injustamente pelos membros da instituição que tem como função garantir a segurança e a ordem públicas e combater infracções à lei.



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