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terça-feira, 25 de julho de 2017

Dívida do Zimbabwe aumentou mais de 50%, mas EDM mantém fornecimento de energia

ArquivoAs dívidas de longos anos que a empresa produtora e distribuidora da energia eléctrica do Zimbabwe(ZESA, no acrónimo em inglês de Zimbabwe Electricity Supply Authority) tem com a Electricidade de Moçambique(EDM) continua a aumentar, o @Verdade apurou que entre 2015 e 2016 cresceu mais de 50%, ainda assim a EDM não equaciona o corte de energia ao país vizinho.

Durante o último exercício económico a dívida da ZESA passou de pouco mais de 400 milhões de meticais, a 31 de Dezembro de 2015, para 614.533.595 meticais, de acordo com o Relatório e Contas da EDM a que o @Verdade teve acesso com exclusividade.

Para cobrar estas dívidas que não são novas, acumulam-se desde que a crise económica agudizou-se no país vizinho durante a última década, a estatal moçambicana criou uma comissão que integra membros dos governos devido às implicações políticas que acarreta.

Todavia dos vários encontros que a comissão realizou apenas “resultaram em alguns pagamentos irrisórios”, revelou ao @Verdade o director de Economia e Finanças da EDM, Getá Remígio Manuel Pery.

Arquivo“Como alternativa, a comissão esta a avaliar a possibilidade da ZESA – ZTDC fazer o pagamento do remanescente em espécie, isto é, equipamentos eléctricos com destaque para transformadores de distribuição de energia, visto que a EDM ter neste momento, carência deste tipo de equipamento, e a ZESA holding, ter no grupo uma fabrica dos mesmos”, aclarou o Getá Pery em entrevista por correio electrónico em exclusivo ao @Verdade.

Claramente não está no horizonte qualquer corte do fornecimento de energia ao Zimbabwe até porque o Relatório e Contas a que o @Verdade teve acesso revela ainda que as receitas esperadas da ZESA consignadas como Garantias para dois empréstimos que que a Electricidade de Moçambique contraiu junto da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD).

Um empréstimo de 48 milhões de francos franceses para o reforço do sistema Centro e um outro de 60 milhões de francos franceses para a interligação entre a Hidroeléctrica de Cahora Bassa e o Zimbabwe.



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