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quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Hidroeléctricas construídas pela Odebrecht distinguidas internacionalmente

As hidroeléctricas Santo António, em Rondónia, Brasil, e de Chaglla, no Perú, ambas construídas pela Odebrecht, foram destaques no Compêndio de Estudos de Caso de 2017, uma publicação da Associação Internacional de Hidroenergia, lançada durante o Congresso Mundial de Hidroeléctricas, que teve lugar em Maio, na Etiópia.

A Hidroeléctrica Santo António, concluída em 2016 pela construtora Odebrecht, aparece na publicação com dois casos de sucesso, nomeadamente o cuidado com os integrantes e as suas condições de trabalho, bem como os programas de preservação ambiental adoptados pelo projecto.

O projecto, que chegou a contar com mais de 20 mil trabalhadores durante o pico das obras, foi berço do Programa Acreditar, responsável pela qualificação da mão-de-obra de milhares de pessoas na região. O referido programa, que foi posteriormente adoptado noutros projectos da Odebrecht no mundo, permitiu que os moradores fossem capacitados para trabalhar na obra, diminuindo, assim, a rotatividade de trabalhadores, comum em empreitadas do género.

A segurança dos trabalhadores também foi destacada no estudo. Iniciativas como treinamento permanente, presença de representantes dos recursos humanos no local e a adopção de medidas rígidas de segurança resultaram na redução significativa dos acidentes de trabalho durante o projecto.

No que diz respeito à preservação do meio ambiente durante os oito anos de construção, a Hidroeléctrica Santo António destacou-se por ter demonstrado que é possível melhorar a gestão de resíduos sólidos através da monitoria regular, instalações de tratamento adequadas e programas de treinamento, sendo disso exemplo o programa de reciclagem da obra, que chegou a reciclar 88% dos resíduos. O projecto também acompanhava os riscos de poluição do ar e da água e a poluição sonora.

Já a Hidroeléctrica de Chaglla, construída no rio Huallaga, no Perú, aparece também com dois casos de boas práticas no Compêndio de Estudos de Casos da Associação Internacional de Hidroenergia. O projecto é destaque pela avaliação dos riscos ambientais e sociais da construção e pela forma de relacionamento com as comunidades locais afectadas pela obra.

De acordo com a publicação, a Hidroeléctrica de Chaglla é um excelente exemplo de avaliação minuciosa do risco ambiental e social. Todos os impactos da construção e operação do projecto foram avaliados de forma abrangente, para além de ter havido uma boa comunicação com as comunidades locais. Para além da preocupação ambiental, o projecto também é destaque devido à preocupação com as comunidades que seriam afectadas pela obra.

As obras implicaram o reassentamento de nove famílias e a contratação de mão-de-obra directa e indirecta de cerca de 5.800 pessoas, das quais 45% eram da região. A publicação da Associação Internacional de Hidroenergia destacou 23 casos, analisados com a ajuda do Protocolo de Avaliação de Sustentabilidade Hidroeléctrica, um guia desenvolvido pela associação para aperfeiçoar as acções de sustentabilidade nos projectos em curso.



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