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domingo, 3 de setembro de 2017

Caça furtiva de elefantes volta aumentar no Sul de Moçambique

A caça furtiva de elefantes voltou a aumentar nos últimos meses na região Sul de Moçambique, @Verdade apurou que só no último mês três animais foram abatidos à tiro, dois no distrito da Moamba e outro em Magude, e os seus marfins removidos. Nenhum caçador ou traficante foi detido.

É uma guerra permanente, a que é travada pelas autoridades contra os caçadores, traficantes e outros intervenientes na caça furtiva. Na região Sul de Moçambique, graças a cooperação entre autoridades nacionais, sul-africanas e zimbabweanas e os privados que operam as áreas de conservação no Parque transfronteiriço do Grande Limpopo várias batalhas têm sido vencidas. Uma delas foi na protecção do elefante que em 2016 viu a sua mortalidade reduzir para apenas 40 animais, no lado moçambicano do parque.

Contudo nos últimos meses os caçadores voltaram em força atrás dos paquidermes. @Verdade apurou junto de uma fonte na Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) que desde o dia 9 de Agosto três elefantes foram mortos à tiro. Dois dos animais foram abatidos no distrito da Moamba, a Sul do Sabie Game Park, e o terceiro foi morto com dois tiro em Matanzane, no distrito de Magude.

De acordo com a fonte da ANAC nenhum caçador foi detido.

A inoperância da Polícia da República de Moçambique assim como do seu ramo especializado no combate à caça furtiva continua. As principais razões desta inoperância também são as mesmas: salários baixos, pouco pessoal e a falta de meios operacionais. De acordo com a ANAC para proteger os cerca de 95 mil quilómetros quadrados de áreas de conservação são necessários 2.300 novos fiscais porém existem actualmente 624 fiscais, dos quais 40% devem ser reformados por várias razões como a idade e aptidão física.

O @Verdade apurou que a dotação inicialmente aprovada para a rubrica de pessoal da Administração Nacional das Áreas de Conservação foram cortados cerca de 10% durante a execução do Orçamento de Estado de 2016.

“Lei da Conservação” mais dura não parece desincentivar a caça furtiva

Também as autoridades da África do Sul registaram este recrudescimento da caça do elefante, de 22 animais abatidos em 2016 até Agosto registaram 30 mortos, de acordo com autoridade nacional de parques (SANParks no acrónimo em inglês).

As pistas, de acordo com as autoridades sul-africanas, indicam que o furtivos deixaram os locais dos crimes com o marfim em direcção a Moçambique.

As razões deste aumento da procura pelo elefante na região Sul não são conhecidas, talvez a escassez dos rinocerontes que são cada vez melhor protegidos ou mesmo o aperto aos caçadores noutras áreas de conservação de Moçambique estejam na origem deste recrudescimento.

@Verdade apurou que ainda na semana passada um desses furtivos foi abatido pelas forças de proteção do Parque Nacional do Kruger, mas os seus cúmplices fugiram para o lado da fronteira de Moçambique, na região de Karingani.

As autoridades do combate à caça furtiva sabem que se por um lado alguns dos envolvidos são membros mais pobres das comunidades circunvizinhas do Parque Transfronteiriço do Grande Limpopo, particularmente os pisteiros e carregadores, quem dá os tiros são profissionais bem treinados que dominam o manejo de armas de precisão e de alto calibre.

Embora a “Lei da Conservação” tenha sido revista para punir mais duramente os envolvidos na caça ilegal a verdade é que a actividade continua a ser atrativa no nosso país pelo possibilidade de se ganhar elevadas somas de dinheiro aliada a facilidade com que se ludibria ou se suborna os agentes da autoridade e ainda pela porosidade das fronteiras marítimas e aéreas, que são portas de saída para os troféus que têm como destino o mercado asiático



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