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segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Dezenas de vítimas de tráfico libertadas na Matola

Pelo menos 41 pessoas de nacionalidade moçambicana foram salvas do presumível de tráfico de seres humanos, pelas autoridades policiais, na semana finda, na cidade da Matola, província de Maputo, onde se acomodaram vindos África do Sul.

Algumas dessas pessoas contaram que trabalhavam em áreas agrícolas na vizinha África do Sul, mas foram conduzidas para Moçambique, onde alegadamente deviam tratar documentos pessoais.

Um dos integrantes do grupo disse “viemos a Moçambique tratar passaportes para podermos trabalhar na África do Sul".

Todavia, no lugar de tratar da documentação, foram mantidas em cativeiro e a sua libertação ocorreu última quinta-feira (05), numa residência sita no bairro de Bunhiça, onde já se encontravam, havia menos de uma semana. Para o efeito, interveio a Polícia da República de Moçambique (PRM).

O grupo estava sob responsabilidade de um cidadão que está a ver o sol aos quadradinhos, disse Fernando Manhiça, porta-voz da corporação na província de Maputo. Porém, ele alegou que apenas estava a cumprir ordens dos donos de farmas na África do Sul, os quais exigem passaportes para continuarem a dar emprego aos moçambicanos em alusão.

Refira-se que, de acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), pelo menos 11 pessoas foram traficadas no primeiro semestre deste ano, em Moçambique.

O número de vítimas representa um aumento em três casos, relativamente a igual período de 2016, em que foram traficadas oito pessoas, nas províncias de Maputo, Gaza, Manica, Tete e Zambézia. Estes dados foram revelados em Julho último por Amabélia Chuquela, procuradora-geral da República adjunta, no lançamento da semana alusiva ao Dia Mundial de Luta Contra o Tráfico de Pessoas.

Ela destacou que as causas de tráfico de seres humanos continuam as mesmas: trabalho forçado, exploração sexual, prostituição forçada e extracção de órgãos humanos.



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