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segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Polícia do Quênia reprime opositores que pedem demissão de autoridades eleitorais

A polícia disparou gás lacrimogéneo contra manifestantes da oposição que se reuniram na capital do Quênia, Nairóbi, nesta segunda-feira pedindo a demissão de autoridades do conselho eleitoral que culpam pela eleição presidencial fracassada de Agosto.

Polícias também se chocaram com multidões e usaram gás lacrimogéneo em Kisumu, bastião opositor do oeste do país, forçando negócios a fecharem, disse uma testemunha da Reuters. A mídia local relatou protestos dispersos por outras cidades do oeste e na cidade portuária de Mombasa.

A Suprema Corte queniana invalidou a votação de 8 de Agosto citando irregularidades, mas sem responsabilizar qualquer indivíduo do conselho eleitoral. O presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, que venceu a eleição mas teve sua vitória anulada, acusou o alto tribunal de deixar a nação à beira do “caos judicial”.

O líder opositor Raila Odinga e os seus apoiantes direccionaram sua ira contra o conselho eleitoral, que acusaram de errar ao atribuir a vitória a Kenyatta.

Apoiantes dos dois lados vêm trocando insultos e acusações e despertando o temor de que as tensões degenerem em violência ética – como em 2007, quando 1.200 pessoas foram mortas após uma eleição disputada.

Na capital da potência econômica do leste africano, a polícia disparou gás lacrimogéneo contra grupos pequenos durante várias horas em ao menos três locais do distrito comercial do centro, segundo uma testemunha da Reuters.

Kenyatta e Odinga vêm se digladiando a respeito de propostas de mudanças no sistema eleitoral para evitar que a Suprema Corte volte a anular resultados, causando dúvidas sobre a data de uma nova votação, actualmente marcada para 26 de Outubro.



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