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domingo, 3 de dezembro de 2017

Sinistralidade rodoviária: Entre 2011 e 2017, mais de 10 mil pessoas perderam a vida e mais de ...

Foto de Fim de SemanaO Presidente da República, Filipe Nyusi, defende a necessidade de uma reflexão profunda sobre as causas dos acidentes de viação, bem como as medidas e estratégias a adoptar com vista à redução do índice de sinistralidade rodoviária no País.

Segundo dados estatísticos, entre 2011 e 2017, mais de 10 mil pessoas perderam a vida e mais de 30 mil contraíram ferimentos graves e ligeiros como consequência de acidentes de viação em todo o País, tendo 2014 sido o mais trágico, com um total de 20.040 mortes.

Para o Presidente da República, a sinistralidade rodoviária, incluindo as consequências sociais e económicas dela decorrentes, transformou-se num flagelo público, sendo, por isso, urgente a responsabilização dos seus causadores.

“O nível de sinistralidade que atingimos está a pôr em causa todos os esforços que estão a ser envidados para edificar esta nação”, disse Filipe Nyusi, para quem os escassos recursos de que o País dispõe devem ser investidos em áreas sociais e económicas, ao invés de suportar as despesas decorrentes dos acidentes de viação.

Neste sentido, acrescentou o Presidente da República, “é hora de adoptar a lógica de tolerância zero aos infractores que promovem situações que conduzam a acidentes de viação. Reflictamos, igualmente, na possibilidade de criminalização de algumas dessas infracções”.

Filipe Nyusi falava na quinta-feira, 30 de Novembro, na cidade de Maputo, na cerimónia de abertura do Simpósio Nacional sobre Segurança Rodoviária, que tinha como objectivo reflectir sobre as causas da sinistralidade rodoviária, incluindo medidas para a sua redução.

O simpósio acontece numa altura em que Moçambique apresenta o quarto maior índice de mortes por acidentes de viação a nível dos países da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), com uma média de 32 óbitos em cada 100 mil veículos.

A condução sob o efeito do álcool, o excesso de velocidade, as manobras perigosas e a falta de uso do cinto de segurança são apontadas como algumas das principais causas da sinistralidade rodoviária, que ocorre com maior incidência na cidade e província de Maputo, Sofala e Nampula. Os jovens e adultos do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 18 e 45 anos, são os que mais se envolvem em acidentes de viação, que ocorrem, na sua maioria, entre as 15 e 21 horas, envolvendo viaturas pesadas e de transporte de passageiros.

Entretanto, ainda no sector dos transportes foi assinado na quinta-feira, 30 de Novembro, na cidade de Maputo, o acordo directo para o financiamento do Corredor de Nacala, que vai permitir que o consórcio Vale e Mitsui, concessionário do projecto, obtenha empréstimos no valor três mil milhões de meticais, dos quais 1.9 milhões se destinam a investimentos em Moçambique e os restantes 1.1 milhões no Malawi.

Carlos Mesquita, intervindo na cerimónia, explicou que com o financiamento “o Corredor Logístico de Nacala vai conhecer significativas melhorias, sendo nossa expectativa que atinja, efectivamente, a capacidade de 22 milhões de toneladas, das quais 18 milhões de toneladas destinam-se ao escoamento do carvão e os restantes 4 milhões de toneladas deverão ser alocados à carga diversa, destinada ao Porto Comercial de Nacala, dinamizando deste modo o desenvolvimento local e regional”.



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