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sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Xiconhoquices da semana: Falta de dinheiro para emergências; Descaso com a matança de ...

Os nossos leitores elegeram as seguintes Xiconhoquices:

Falta de dinheiro para emergências

O Governo da Frelimo é um caso de estudo no que diz respeito a falta de seriedade e bom senso. De uns tempos para cá, o Executivo de Filipe Nyusi tem vindo a vangloriar-se de estar a conseguir financiar-se, sem apoio dos Parceiros internacionais, para resolver as situações que preocupam os moçambicanos, mas nem sequer consegue dinheiro necessário para Plano de Contingências da época chuvosa. Engolindo o seu orgulho infantil, o Governo está a pedir 954 milhões de meticais aos Parceiros de Cooperação internacional para cobrir o défice de fundos do Plano de Contingências que prevê que 1.271.316 moçambicanos estarão em situação de risco durante a actual época chuvosa em Moçambique, um montante inferior ao 1,3 bilião que vai alocar as deficitárias e mal geridas Empresas Públicas. Enfim, não se pode esperar grandes coisas de um Governo insensato!

Descaso com a matança de elefantes

É deveras preocupante o descaso das autoridades competentes no que diz respeito à matança desenfreada de elefantes por caçadores furtivos. Quase todos os dias, são reportados casos de abates de elefantes nos parques e reservas nacionais. O mais revoltante é o silêncio cúmplice das autoridades que têm a obrigação de pôr cobro nessa situação. Durante a penúltima semana de 2017 mais 24 elefantes foram abatidos por caçadores furtivos na Reserva Nacional de Niassa (RNN) elevando para 356 o número de paquidermes que foram mortos no ano passado em Moçambique. Nesta semana, um fiscal afecto à Reserva do Niassa foi gravemente ferido com projéctil de uma arma de fogo, durante uma perseguição a um grupo de caçadores furtivos que abateram um elefante. Isso demonstra o desinteresse em combater esse mal que está dizimar elefantes.

Dívida Interna

O Governo da Frelimo anda enganar a si mesmo e povo moçambicano ao afirmar que, pelo terceiro ano consecutivo, conseguiu autofinanciar o Orçamento de Estado sem a ajuda dos Parceiros de Cooperação Internacional. Porém, esta situação é desmentida, em parte, pelo endividamento Público interno que situou-se em 101 biliões de meticais em Dezembro de 2017. O Governo de Nyusi foi buscar dinheiro, que em 2018 vai custar ao erário 19 biliões, ao Millennium Bim, Banco Comercial e de Investimentos e Standard Bank. Essa situação revela, de certa maneira, o quão inconsequente é o nosso Governo. Tudo indica que essa onda desenfreada de endividamento não irá parar, pois o Executivo de Nyusi prevê continuar a recorrer ao crédito interno para obter mais 19,2 biliões de meticais.



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