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domingo, 9 de dezembro de 2018

CDM terá a sua nova e quarta fábrica em Marracuene, próximo ano

Foto de Emildo SamboA empresa Cervejas de Moçambique (CDM) lançou na sexta-feira (07) a primeira pedra para a construção, em 12 meses, da sua nova e quarta fábrica no país. A infra-estrutura, avaliada em 180 milhões de dólares norte-americanos, será implantada numa área de 71 hectares, no distrito de Marracuene, província de Maputo, à beira da Estrada Nacional número (EN1). Raimundo Diomba, governador daquela região, apelou para que as instalações não sejam mais umas daqueles que não passaram de projecto.

O ministro da Indústria e Comércio, Ragendra de Sousa, disse que a aposta da CDM em investir em Marracuene prova que Moçambique “é um país estável, rentável, com futuro” e no qual o “sector privado acredita. A nossa economia continua a crescer com o nosso esforço e gostaríamos de ter mais, mas não se faz milagres” para tal.

Segundo Ragendra de Sousa, se a empresa decidiu investiu mais é porque está a crescer, desde que começou as suas actividades no país, em 1995.

Na altura, havia 15 milhões de habitantes e hoje o número quase duplicou, o que mostra que “há condições para investimentos e a nossa localização geográfica nos permite competir com os países vizinhos (...). “O nosso clima é favorável.”

Pedro cruz, diretor-geral daquela, a nova fábrica será a maior e mais modera de produção de cervejas em Moçambique. A escolha do local onde será implantada tem a ver, “essencialmente, com as melhores condições hidrográficas, com a sua estratégica localização”, ou seja, “próxima à estrada que liga o país” do norte a sul. O facto facilitará o “escoamento do produto acabado e abastecimento da matéria-prima.”

A CDM é a maior empresa de produção de cervejas do país e subsidiária da ABInBev. Tem três fábricas em Maputo, Beira e Nampula.

O dirigente sublinhou que durante os 23 anos da existência da companhia a que está afecta no país, tem havido um impacto significativo nas comunidades, sobretudo as que vivem nas zonas onde as suas unidades de produção estão instaladas.

Ele falou de qualquer coisa como 150 mil famílias, para de seguida realçar que para essas e mais pessoas tenham cada vez mais benefícios sociais e económicos, é necessário que “haja um ambiente regulatório estável, previsível, consentâneo”, que, acima de tudo, seja razoável às expectativas de “todos actores no ambiente do negócio.”

Cruz comentou ainda que o quadro fiscal criado pelo Governo deve ser estimulante ao investimento.

Ele manifestou o desejo de iniciativas como “a embalagem e selagem de cervejas, introdução de taxas sobre as embalagens, jamais serão implementadas sem que se afira a sua real pertinência e benefícios para as empesas que operam em Moçambique (...).”

Raimundo Diomba, governador da província de Maputo, chegou e viu in loco o lançamento da primeira para a construção da nova fábrica da CDM.

Ele disse que ouviu “promessas de emprego para não menos de 1.000 pessoas”. Porém, não gostaria que o projecto tenha sido mais uma “cerimonia de enterro de pedra (...)”, ou seja, que acabe na promessa como acontece com vários pelo vasto Moçambique.

“Que sejam integralmente respeitados os prazos estabelecidos para a entrega” e consequente entrada em funcionamento da fábrica. “O Governo passa, desde já, a contar os dias” para o efeito.



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