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segunda-feira, 11 de março de 2019

Moçambicano entre as 157 vítimas do despenhamento do novíssimo Boeing da Ethiopia Airlines

ETUm cidadão moçambicano está entre as 157 vítimas mortais do novíssimo Boeing 737-800MAX da Ethiopian Airlines que despenhou-se neste domingo (10) seis minutos após descolar do aeroporto internacional de Bole, na Etiópia, com destino a Nairobi, no Quénia. Este foi o segundo acidente fatal em menos de seis meses envolvendo o novo jato da Boeing, em Outubro passado um avião da companhia Lion Air caiu pouco depois de levantar voo de Jacarta, na Indonésia.

O voo ET 302 da companhia aérea etíope transportando 149 passageiros e oito tripulantes partiu as 8h38 (hora local) de Addis Ababa e perdeu contacto com a torre de controle as 8h44 tendo mais tarde sido confirmado o seu despenhamento na localidade de Bishoftu, cerca de 50 quilómetros a sul do aeroporto de partida.

Entre as vítimas confirmadas pela Ethiopian Airlines está um cidadão de nacionalidade moçambicana, funcionário das Nações Unidas de acordo com o que o @Verdade apurou, e cidadãos de outras 34 nacionalidades: 32 quenianos, 18 canadianos, 9 etíopes, 8 chineses, 8 italianos, 8 norte-americanos, 7 franceses, 7 ingleses, 6 egípcios, 5 alemães, 4 indianos, 4 eslovacos, 3 austríacos, 3 russos, 3 suecos, 2 espanhóis, 2 israelitas, 2 marroquinos, 2 polacos, 1 cidadão do Djibouti, 1 indonésio, 1 irlandês, 1 norueguês, 1 ruandês, 1 saudita, 1 sudanês, 1 somali, 1 sérvio, 1 togolês, 1 ugandês, 1 yenemita, 1 nepalês, 1 nigeriano e ainda um cidadão com passaporte das Nações Unidas.

O avião, parte da nova frota de Boeing 737-800MAX recebidos em Julho pela companhia aérea etíope, era comandado por um capitão com mais de 8 mil horas de voo e o co-piloto tinha 200 horas de voo.

Com o estatuto de melhor companhia aérea do continente africano nos últimos anos a Ethiopian Airlines tem um bom registo de segurança e uma frota de aviões novos. No seu histórico constam dois acidentes relacionados com sequestros.

Em 2010 um voo da companhia, estatal que partiu de Beirute, no Líbano, foi sequestrado e caiu no mar Mediterrâneo com 90 pessoas a bordo, sem deixar sobreviventes. Em 1996, outro voo que partiu de Adis Abeba com destino final Abidjan, na Costa do Marfim, caiu no mar por falta de combustível após ter sido sequestrado. Sobreviveram 52 de seus 172 ocupantes.

Lançado em 2017 o Boeing 737-800MAX, apresentado como sendo 15% mais eficiente em consumo de combustível comparado ao modelo da geração anterior, tem um registo trágico. Em Outubro de 2018 um jacto similar da companhia indonésia Lion Air caiu no mar 13 minutos após ter decolado de Jacarta, deixando 189 mortos.

Na sequência do acidente a Ethiopian Airlines decidiu suspender todos os voos programados para a sua frota de Boeing 737-800MAX. Decisão similar foi tomada pelas autoridades chinesas.



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