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sábado, 16 de março de 2019

Sofala ainda sob apagão eléctrico e de comunicações; vitimas mortais do IDAI já são 24

Após a passagem do Ciclone IDAI na quinta e sexta-feira a província de Sofala continua sob apagão eléctrico e de comunicações. O silêncio do INGC sobre as vítimas e danos nas infra-estruturas deixa a sensação que o impacto do ciclone de categoria 4 terá sido bem maior do que o previsto, quiçá por isso o Presidente da República encurtou a sua visita de Estado ao Reino de Eswatini para deslocar-se ao Centro de Moçambique. Existe ainda um  "risco alto de cheias nas bacias do Búzi e Púngoè, podendo afectar cerca de cem mil pessoas nestas bacias".

Mais de 24 horas após do Ciclone Tropical IDAI o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) ainda não conseguiu divulgar um balanço, ainda que inicial, do impacto na Região Centro do país, particularmente na cidade da Beira onde apenas o Governador divulgou existirem pelo menos 19 vítimas mortais.

Em Manica, província que continua sob chuvas fortes, o porta-voz provincial actualizou o número de vítimas de 2 para 5 óbitos, elevando para 24 o número de mortos conhecidos até ao momento.

O Presidente da República que havia dito na manhã de sexta-feira (15) que o ciclone deixara "danos materiais muito preocupantes", encurtou visita de Estado que vinha efectuando ao Reino de Eswatini no domingo e segunda-feira deslocar-se a cidade da Beira e os distritos de Dondo e Nhamatanda em Sofala.

Filipe Nyusi deverá deslocar-se também aos distritos de Chinde, Inhassunge e Maganja da Costa na Zambézia; a cidade de Tete e os distritos de Moatize e Changara em Tete e a cidade de Chimoio na província de Manica

Entretanto apesar do ciclone IDAI ter passado nas últimas 24 horas houve registo de chuva na rede nacional de observação hidroclimatológica, destacando-se as bacias do Buzi em Espungabera (220.6mm); Púngoè na cidade de Chimoio (233.3mm); Save na Vila Fraca do Save (67.8mm) e Massangena (38.4mm).

De acordo com a Direcção Nacional de Gestão de Recursos Hídricos existe "risco alto de cheias nas bacias do Búzi e Púngoè, podendo afectar cerca de cem mil pessoas nestas bacias".

O INGC previu que este ciclone pudesse afectar pelo menos 80 mil famílias no entanto o

"Prevê-se ainda a prevalência de inundações urbanas para as cidades da Beira nos bairros: Alto Manga, Ndunda, Manga Mascarrenha, Vaz, Munhava, Macurrungo, Chipangara, Chaimite (Praia Nova), Maraza, Pioneiros, Matacuane, Mananga, Chota, Muhava, Esturo, Matador, Vila Massane, Maganza, Inhamizua, Chingussura, Nhaconjo, Pontagea e Macuti e Dondo nos bairros: Nhamataca, Chibinde, Mutua e Ponte Rodoviária", indica o mais recente Boletim hidrológico nacional.

Para as próximos horas o Instituto Nacional de Meterologia prevê a continuação de chuvas fortes a muito fortes (mais de150 milímetros em 24 horas), ventos com rajadas fortes até 70 quilómetros por hora e trovoadas severas nas províncias de Sofala (todos os distritos), Manica (todos os distritos), Tete (distritos de Changara, Mutarara, Doa, Marávia, Chifunde, Marara, Zumbo, Cahora Bassa, Moatize, Chiuta e Cidade de Tete), Inhambane (distritos de Govuro, Inhassoro, Vilankulo, Mabote, Funhalouro e Massinga) e Gaza (Massangena, Chicualacuala e Mapai). Esperas-se também chuvas fracas a moderadas acompanhados por vezes de trovoadas nas províncias da Zambézia e Niassa.



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