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sábado, 6 de abril de 2019

Xiconhoquices da semana: Cólera; Terror em Cabo Delgado; Lucros do BCI

Os nossos leitores elegeram as seguintes Xiconhoquices na semana finda:

Cólera

É deveras preocupante o número de casos de cólera na região Centro do país. desde o passado dia 27 foram tratados na província de Sofala 1.304 doentes. Para fazer face a situação, já estão na cidade da Beira as 900 mil vacinas contra a cólera, do stock mundial que foi disponibilizado para uso de emergência na província de Sofala, onde o surto que eclodiu após o ciclone IDAI e as cheias fez mais uma vítima mortal, desta vez no distrito do Dondo. No entanto, é bom que se diga em abono da verdade que a causa real deste surto não é apenas ligados a catastrofe natural que se sentiu naquele ponto do país. A verdade é que na maioria dos bairros e distritos, onde o surto eclodiu, as famílias nunca tiveram casa de banho com fossas sépticas, e o acesso à água potável sempre foi limitado. Portanto, não se podia esperar situação diferente, quando o Governo é negligente com os seus cidadãos.

Terror em Cabo Delgado

A cada dia que passa a situação de ataques violentos as populações na província de Cabo Delgado tende a aumentar, sob olhar inoperante das Forças de Defesa e Segurança (FDS). No mês passado, alem de intensificar os ataques em Macomia, onde são frequentes assaltos a viaturas de passageiros que viajam ao Posto Administrativo de Mucojo, o grupo armado, avançou ao distrito de Meluco, e tem estado a circular na estrada N380, a principal via de acesso que liga a zona norte de Cabo Delgado. Como se isso não bastasse, depois provocar terror nas populações no norte de Cabo Delgado, onde algumas aldeias dos distritos de Palma e Mocímboa da Praia, os insurgentes viraram o cano para a zona centro da província, onde nos últimos tempos ocorrem ataques armados diários e em plena luz do dia. O Governo moçambicano continua a fazer ouvidos moucos.

Lucros do BCI

À custa do sofrimento dos moçambicanos, o Banco Comercial e de Investimentos (BCI) tem estado a engordar os bolsos dos seus accionistas. Aliás, diga-se de passagem, a política monetária do Banco de Moçambique continua a enriquecer o BCI. A título de exemplo, em 2018 aumentou a sua margem de lucro para 9,8 biliões de meticais, mais do que o dobro dos 4 biliões que obteve antes do início da crise económica e financeira no nosso país. Além disso, é preciso recordar que o BCI foi um dos bancos nacionais que comprou secretamente as dívidas ilegais que precipitaram a crise que Moçambique enfrenta. Segundo a Auditoria da Krol o banco adquiriu 30 milhões de dólares norte-americanos em dívida ilegal da Proindicus e mais 25 milhões de dólares em dívida ilegal da EMATUM. Quanta Xiconhoquice!



via @Verdade - Últimas http://bit.ly/2FRGjoX

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