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quarta-feira, 26 de junho de 2019

Renamo conformada com recenseamento submete candidatura de Momade e promete “a população de ...

Foto de Adérito CaldeiraApesar dos “esquemas fraudulentos” que denunciou terem-se confirmado a Renamo mostrou-se conformado com os resultados do Recenseamento eleitoral e submeteu, nesta quarta-feira (26), a candidatura de Ossufo Momade à Presidência de Moçambique. No entanto, na ausência do candidato, o secretário-geral do maior partido de oposição prometeu “a população de Gaza vai votar na Renamo, podem ter certeza vamos arrancar todos aqueles mandatos”.

Sem pompa e nem a presença do seu líder e candidato à Ponta Vermelha o partido Renamo entregou ao Conselho Constitucional dos documentos que formalizam a candidatura de Ossufo Momade à Presidência de Moçambique.

“O presidente Ossufo Momade não veio presenciar este acto por uma razão muito simples, o presidente Ossufo Momade está neste momento na Gorongosa, ele está a fazer o acompanhamento do diálogo em relação aos assuntos militares a partir da Gorongosa, está a dirigir o partido a partir da Gorongosa, então logo que as condições estiverem criadas ele há-de vir aqui” explicou a jornalistas o secretário-geral, André Magibire, que liderou a comitiva de ilustres deputados e outros membros de topo do partido Renamo.

De acordo com Magibire o maior partido de oposição pretende vencer a eleição de 15 de Outubro próximo para “acabar com o sofrimento do povo moçambicano”.

O secretário-geral disse que o “ambiente interno dentro da Renamo está muito saudável” e esclareceu, sobre o processo de paz, “que a equipa da Renamo no DDR procedeu a identificação das bases e também identificou os possíveis locais de acantonamento. Se dependesse de nós, sobre o Acordo de Paz, hoje poderíamos assinar, mas não é somente assinar por assinar há passos que devem ser dados e esses passos estamos a acompanhar atentamente e acreditamos que vamos chegar a um acordo”.

Relativamente ao Recenseamento eleitoral que o presidente do partido denunciou atrasos, irregularidades e “esquemas fraudulentos” organizados pelo partido Frelimo para “perpetuar-se no poder de forma ilícita e ilegítima”, André Magibire declarou: “Os resultados do recenseamento eleitoral sobretudo na Província de Gaza aquilo é uma autêntica vergonha, não se explica que uma província suba acima de 10 mandatos, aquilo é ridículo”.

“Tenho a certeza que a população de Gaza vai votar na Renamo, podem ter certeza vamos arrancar todos aqueles mandatos”

Foto de Adérito Caldeira

“Nós temos que trabalha de forma a séria, os moçambicanos querem seriedade, querem-me dizer que na Província de Gaza ninguém morre, ninguém viaja, uma pessoa com 5 anos depois já tem capacidade eleitoral? Temos que parar com esse tipo de brincadeira, nós queremos que as eleições sejam livres, justas e transparentes mas o que está a acontecer foi uma situação propositada que até descredibiliza o próprio Instituto Nacional de Estatística”, afirmou.

Para o partido Renamo o Recenseamento para as Eleições Gerais deste ano “foi um programa desenhado de forma a baixar os mandatos nas províncias de Nampula, Sofala, Tete, Zambézia e tantas outras e aumentar eleitores para Gaza. Porque é em Gaza onde a Frelimo pensa que tem hegemonia, mas eu quero vos garantir aqui que a Renamo vai perseguir esses mandatos em Gaza, vamos arrancar esses novos que aumentaram”.

André Magibire enfatizou que:“A população da Gaza também sofre como nós, a população de Gaza também está a pagar as dívidas ocultas tal como nós, tem problemas de saúde como nós, a população de Gaza tem todos os nossos problemas. Tenho a certeza que a população de Gaza vai votar na Renamo, podem ter certeza vamos arrancar todos aqueles mandatos”.

Com o cenário montado para o sexto pleito injusto e com a falta de transparência que o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) e a Comissão Nacional de Eleições (CNE) nos habituou é expectável que Ossufo Momade, tal como o seu antecessor, não reconheça os resultados das Eleições Gerais de 15 de Outubro e, se não entregar todas as armas na posse dos seus guerrilheiros, Moçambique poderá voltar para um novo ciclo de instabilidade política e militar, como tem acontecido na última década.



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