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terça-feira, 10 de setembro de 2019

Enfim Presidente de Moçambique condena ataques xenófobos na África do Sul

Enfim o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, condenou os ataques xenófobos que se registam na África do Sul contra imigrantes africanos entre eles milhares de moçambicanos que procuram sair da pobreza no país vizinho. Aproximadamente 400, dos cerca de 2 milhões de moçambicanos residentes no país vizinho, pediram para serem repatriados.

Decorridos 10 dias desde que cidadãos sul-africanos começaram a atacar, novamente, imigrantes nas cidades de Johannesburgo e Pretória o Chefe de Estado enfim pronunciou-se no entanto ressalvando que esses actos “não representam a maneira de estar do povo e Governo da África do Sul”. Nyusi declarou neste terça-feira (10): “Queremos de forma veemente condenar estes actos xenófobos”.

Ocupado em campanha para sua reeleição com a Visita Apostólica do Papa Francisco o Presidente Nyusi disse que as autoridades consulares e de emergência estão a trabalhar “para o repatriamento voluntário e imediato dos cidadãos directamente afectados pela onda de violência”.

O Presidente indicou que foi operacionalizado um Centro no Distrito da Moamba, na Província de Maputo “para acolher provisoriamente a todos os cidadãos moçambicanos repatriados voluntariamente da África do Sul antes de serem encaminhados para as suas zonas de origem”.

Entretanto o Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação disse a jornalistas, mais cedo, que cerca de 400 moçambicanos manifestaram vontade de serem repatriados da África do Sul onde grupos xenófobos tem estado a atacar imigrantes pobres tendo assassinado pelo menos 12 cidadãos.

“Tínhamos grandes esperanças de que o primeiro contingente chegasse ao país na segunda-feira, mas há que fazer primeiro o cadastro e isso é um processo moroso”, explicou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Geraldo Saranga, que prevê que nesta quarta-feira (11) cheguem os primeiros moçambicanos repatriados.

Em 2015 uma onda de ataques xenófobos nas cidades de Johannesburgo e Durban culminou com a morte de dezenas de imigrantes, entre eles pelo menos dois moçambicanos, Emanuel Sithole foi um deles que foi agredido e esfaqueado. Na altura 947 moçambicanos foram repatriados.

Em 2008, em outros actos xenófobos, 62 imigrantes foram mortos na África do Sul, entre elas o cidadão moçambicano Ernesto Nhamuave que foi queimado vivo.



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