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quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Sola David-Borha, administradora executiva para a região africana do Grupo Standard Bank: ...

Foto de Fim de SemanaA produção de Gás Natural Liquefeito (GNL), na Bacia do Rovuma, em Cabo Delgado, deve servir de catalisador do desenvolvimento de outros sectores produtivos, que podem ampliar e diversificar a economia moçambicana, tais como a agricultura e a manufactura.

Esta recomendação foi feita por Sola David-Borha, administradora executiva para a região africana do Grupo Standard Bank, recentemente, em Maputo, numa reflexão sobre as reformas que o país deve introduzir no sector de energia para oferecer vantagens competitivas e tornar-se num dos principais fornecedores de GNL no mundo.

“Moçambique tem a sorte de poder aprender de outras nações com recursos energéticos, como o gás, e tomar, assim, melhores decisões que terão impacto na economia e na vida dos cidadãos”, frisou Sola David-Borha.

A administradora executiva para a região africana do Grupo Standard Bank indicou a Nigéria como exemplo de uma economia dependente apenas dos recursos petrolíferos. Infelizmente, conforme salientou Sola David-Borha, a Nigéria ignorou a sua base agrícola e muitos outros sectores produtivos, com a descoberta do petróleo: “Hoje existe uma certa dependência dum recurso cujo preço é ditado pelo mercado internacional e isso afectou a economia”, disse.

Num outro desenvolvimento, a administradora executiva para a região africana do Grupo Standard Bank indicou que o GNL tem uma característica singular, pois tem valor a partir da altura da extracção.

Entretanto, Sola David-Borha destacou a importância de diversificar os sectores da economia, pois, além de reduzir a dependência dum único sector ou recurso, concentra o interesse e a actividade dos investidores nos sectores com potencial de crescimento. Esta particularidade aumenta as oportunidades de criação de mais-valias e de investimento na economia nacional.

“É fundamental que Moçambique aproveite a oportunidade que o GNL oferece para desenvolver os outros sectores produtivos. Por exemplo, foram feitos compromissos de conteúdo local no valor de 5 biliões de dólares norte-americanos. Para fazer face a essa necessidade de diversificação da economia em Moçambique, Sola David-Borha elogiou o Governo moçambicano e o Banco Central pela gestão da política macroeconómica.

O regresso à estabilidade macroeconómica é essencial para Moçambique atingir o seu potencial de crescimento. Isto significa que o Banco Central e o Ministério da Economia e Finanças têm um papel crucial a desempenhar no apoio às reformas estruturais e melhorias na governação que conduzam a economia a um ambiente de taxas de juro reais mais baixas, previsibilidade da inflação, estabilidade da moeda e consolidação fiscal contínua através de políticas macroeconómicas sólidas.

Sola David-Borha indicou ainda que a participação do sector privado nos projectos de gás doméstico onshore requer quadros reguladores claros e transparentes. Projectos direccionados, como fertilizantes, gás para líquidos (GTL) e energia, são todos industrialmente diferentes, com vários requisitos comerciais.

Sola David-Borha também se referiu à economia altamente diversificada do Quénia: “É um país preparado para enfrentar quaisquer desafios, especialmente, os de natureza económica. Eles têm uma taxa de câmbio muito estável, e isso cria confiança nos investidores e encoraja-os a continuar a financiar a economia”, concluiu.



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