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domingo, 16 de fevereiro de 2020

Presidente de Moçambique pede apoios “concretos” à Comunidade Internacional no combate ...

Foto da Presidencia da RepúblicaApós o Governo enfim reconhecer publicamente a sua incapacidade de conter os “malfeitores” que desde 2017 aterrorizam a Província de Cabo Delgado o Presidente da República pediu publicamente, na passada sexta-feira (14), por apoios “objectivos e concretos” à Comunidade Internacional. Pelo menos 700 cidadãos foram mortos e mais de 156 mil foram forçadas a abandonar as suas zonas de origem em nove distritos do Norte de Moçambique.

Durante a cerimónia de apresentação de cumprimentos pelo Corpo Diplomático acreditado em Moçambique o Chefe de Estado pediu a união de esforços na luta contra os “malfeitores” que continuam a ceifar vidas e destruir infra-estruturas e bens nos distritos de Mocínboa da Praia, Palma, Macomia, Nangade, Quissanga, Ibo, Meluco, Muidumbe e Mueda.

“No mundo globalizado em que vivemos os problemas internacionais não têm fronteiras e incidem de forma comum nos nossos países, sobretudo pela forma como os malfeitos estão agora a se estruturar naquela zona. Há a componente de membros que não são moçambicanos que fazem parte desses grupos, juntos teremos que trabalhar para sabermos quem são os mandantes desses, porque hoje estão aqui, ontem estiveram noutro país e amanhã estarão noutro”, declarou Filipe Nyusi.

O Presidente da República pediu para que os apoios anunciados pelos países amigos para o combate aos malfeitores “sejam objectivos e concretos”, pois “toda a gente diz que quer apoiar. Quando perguntamos como querem apoiar, não dizem nada. Então fica uma linguagem sem nada de concreto”.

Paradoxalmente este apelo do Chefe de Estado acontece após mais de 2 anos de terror que já causou a morte de pelo menos 700 cidadãos, de acordo com um recente relatório da Organização Não Governamental Médicos Sem Fronteiras. Um relatório governamental indica que até ao início de Fevereiro 156.428 pessoas, 25 mil delas crianças, tinham sido de alguma forma afectadas por este conflito que dura desde finais de 2017.



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