Escassez de enfermeiros causa problemas
Em Malanje apenas cerca de dois mil enfermeiros atendem uma população estimada em mais de um milhão e cem mil habitantes. Aqueles profissionais encontram-se distribuídos por 157 unidades sanitárias estatais nos catorze municípios da circunscrição. Os dados foram revelados recentemente pela directora provincial de saúde, médica Lazina Vera Cruz Mfute durante as quartas jornadas nacionais de enfermagem promovida pela Associação nacional dos Enfermeiros de Angola (ANEA), sob o lema "enfermeiro: resolver a desigualdade das provas à acção". Cerca de 200 delegados de 12 províncias do país e especialistas do Brasil, Portugal e da Rede de Enfermeiros e Parteiras da SADC com excepção do Kwanza-Sul, Kuando-Kubango, Namibe, Zaire e Lunda Norte, reunidos no Instituto Médio Agrário de Malanje recomendaram ao governo de Angola a criação de condições para atender casos de doenças cardiovasculares no interior do país. "No sentido de diminuir o fluxo de transferência de doentes para a capital do país, tendo em conta o programa do executivo na municipalização dos serviços de saúde", afirma-se no comunicado que defende a disponibilização de material gastável suficientes e com equipamentos indispensáveis ao serviços, sem dispensar a requalificação dos recursos humanos. O director nacional dos recursos humanos do Ministério da Saúde, Alves da Costa reiterou no encerramento do evento o empenho dos profissionais do sector para o futuro dos pacientes. Porquanto os funcionários "devem adaptar as nossas vidas aos momentos e as exigências do momento, aquilo que as nossas populações precisam: - de melhorias do atendimento nas nossas unidades hospitalares", referindo, no entanto, que "reflectimos bastante o problema da humanização, é um problema transversal a toda equipa de saúde", concluiu. Enfermeiros angolanos esperam do executivo de José Eduardo dos Santos, através do Ministério da Saúde a aplicação a todos os níveis da carreira de enfermagem, assim com a aprovação da regulamentação da proposta pela estrutura corresponde e que deverá ser acompanhada pelo o Sindicato Nacional de Enfermeiros de Angola, a Associação Nacional de Enfermeiros de Angola e pela Ordem dos Enfermeiros de Angola.
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