Situação laboral
As duas Centrais Sindicais cabo-verdianas agendaram para amanhã 1º de Junho, uma manifestação em protesto sobre a situação laboral que se vive no arquipélago.
Esta iniciativa conjunta da UNTC-CS e da CCSL surge em protesto contra a perda do poder de compra dos trabalhadores, na sequência de vários aumentos dos bens de consumo, nomeadamente preços da energia, combustíveis, transportes e outros, sem que houvesse aumento salarial.
O não cumprimento da promessa do Governo na atribuição do décimo terceiro mês, a não definição do salário mínimo nacional, o novo PCCS que o executivo pretende implementar, constam também no caderno de reivindicações dos sindicatos, que esperam uma ampla adesão dos trabalhadores na manifestação desta sexta-feira.
Se as Centrais Sindicais justificam a convocação da manifestação dos trabalhadores cabo-verdianos, o primeiro-ministro, José Maria Neves, não vê razões para a realização de tal protesto.
O primeiro-ministro cabo-verdiano reconhece haver dificuldades, mas afirma que o Governo está empenhado na criação de algumas condições que permitam melhorar o nível de vida dos trabalhadores, exemplificando a implementação do novo Plano de Cargos, Carreira e Salários na Administração Publica, ora em discussão.
Do outro lado… as duas Centrais Sindicais não se mostram optimistas quanto a intenção do Governo, daí se terem unido na convocação da manifestação de protesto marcada para sexta-feira, 1º de Junho, na qual esperam que haja uma forte aderência dos trabalhadores cabo-verdianos.
A propósito da manifestação convocada para amanhã em Cabo Verde em protesto sobre a situação laboral que se vive no país, o correspondente da Voz da América, em Cabo Verde, entrevistou o economista Paulino Dias.
Aquele economista reconhece que os trabalhadores cabo-verdianos têm perdido poder de compra devido aos aumentos dos preços dos bens essenciais. Por outro lado os ordenados não têm acompanhado esses aumentos.
Paulino Dias não acredita que seja boa ideia convocar estas manifestações apesar de se tratar de um direito fundamental dos seus concidadãos. De acordo com aquele economista o que é preciso é arranjar modos de aumentar a competitividade cabo-verdiana.
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