Outra prova de que PGR mente sobre os assassinatos da Frelimo
Avolumam-se provas de que PGR mentiu à Comissão Africana de Direitos Humanos. Adelino Timóteo, filho de uma das vítimas da Frelimo, conta ao Canalmoz/Canal de Moçambique a sua odisseia junto da Procuradoria Geral da República
"Quero recordar que mantenho na memória, tal como se tivesse ocorrido hoje, a tarde em que brincávamos com ele, o meu pai, às escondidas em nossa casa, no Macurungo, quando o senhor Machava, algoz do grupo de "nacionalistas", o veio buscar, sob a promessa de que o traria de volta no dia seguinte. A verdade é que o meu pai nunca mais voltou" – Adelino Timóteo
"O Estado moçambicano, ao manter o sigilo sobre o corpo e a pessoa do meu pai está a perpetrar contra os seus descendentes uma forma de tortura moral, de aviltamento do homem, está a perpetrar tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes, ademais proibidos no fundamento do Estado de Direito, tal como é o espírito da Carta das Nações e da própria Constituição da República de Moçambique."
Adelino Timóteo
Maputo (Canalmoz) – O escritor, artista plástico e jornalista moçambicano, Adelino Timóteo, manifestou estupefacção pelo facto da Procuradoria-Geral da República ter apelado à Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos para que declarasse de "não admissível" uma queixa apresentada contra o Estado moçambicano em nome de duas vítimas do Processo de Nachingwea, com base no alegado "não esgotamento dos mecanismos nacionais de Direito". Adelino Timóteo referia-se ao caso de José Eugénio Zitha e Pacelli Zitha, amplamente reportado pelo Canalmoz/Canal de Moçambique, que o publicou em exclusivo e que está agora também a repercutir-se em outra Imprensa internacional.
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