O resultado acaba sendo demasiado pesado para os comandados de Abdul Omar que conseguiram manter o equilíbrio necessário para correrem atrás do prejuízo, depois de terem entrado praticamente a perderem visto que ainda só estavam jogados dois minutos e o Ferroviário já estava na frente do marcador com um golo de Luís. Golo madrugador dos "locomotivas" que veio coroar um início verdadeiramente avassalador.
O Chibuto apanhado de surpresa ainda procurava ambientar-se ao relvado e ao ambiente ruidoso que se vivia na Machava. Mais habituado a estes cenários, os donos da casa não tiravam o pé do acelerador e minutos depois, em mais uma boa arrancada de Diogo, o esférico cai nos pés de Imo que de primeira mete para Luís que errou no alvo por muito pouco.
Embora se notasse um Chibuto a querer subir no terreno, eram os pupilos de Nacir que estavam melhores em campo e os que se acercavam com maior perigo da grande área contrária. Numa dessas investidas ofensivas, o Ferroviário aumentou a vantagem por intermédio de Clésio que, de cabeça, respondeu com destreza a um cruzamento de Luís com peso, conta e medida.
Na tentativa de inverter o rumo dos acontecimentos, Abdul Omar fez duas substituições, fazendo entrar em campo dois homens de ataque: Chana e Jacinto. Mas foi de bota direita de Lalá que saiu o remate mais perigoso dos visitantes.
Um lance que serviu de tónico para os forasteiros ganhar confiança. E foi em cima do intervalo que o Chibuto faz o golo na sequência de uma grande penalidade a castigar falta de Kampango sobre Chana. Chamado a marcar, Johane fê-lo com eficácia.
O desafio ganhou interesse já que o golo da equipa visitante fazia antever uma segunda parte fervorosa. Tal como se previa, entrou ao ataque conseguindo encostar os "locomotivas" no seu meio-campo. Aos 56 minutos poderia inclusive ter empatado quando Chana, só com Kampango pela frente, permitiu a defesa deste. As dezenas de adeptos do Chibuto não queriam acreditar no falhanço de Chana e ficaram ainda mais entristecidos quando na jogada seguinte Luís, em tarde inspirada fez o 3-1.
Este golo veio desmotivar os comandados de Abdul Omar e, por outro lado, galvanizar os treinados de Nacir na medida em que voltaram a ser
mais perigosos e por duas vezes podiam ter dilatado o "score", mas Clésio não teve pontaria. O jogo estava aberto e as situações de golo sucediam-se numa e noutra baliza. Jacinto também foi protagonista de uma jogada que poderia ter feito balançar as redes, valendo a defesa espectacular de Kampango.
Na resposta, a turma "
locomotiva" fez o 4-1 com Clésio a bisar e a fechar uma tarde de muitos golos e bom futebol.Adão Chitache, árbitro do encontro, realizou um bom trabalho.
FICHA TÉCNICA
ÁRBITRO: Adão Chitache; auxiliado por Célio Mugabe e Domingos Machava.
Quarto árbitro: Estêvão Matsinhe
FERROVIÁRIO: Kampango; Chico, Zabula, Vling e Butana; Tchitcho (Jeitoso), Calton (Whisky), Imo (Buramo) e Diogo; Clésio e Luís
CHIBUTO: Rodrigues; Nito, Anselmo, Zé Rasta e Tony (Ivo); Bucho, Palatão (Chana), Jossias e Johane; Ndjusta (Jacinto) e Lalá
DISCIPLINA: Amarelo para Clésio e Whisky
GOLOS: Luís (2 e 56 min), Clésio (34 e 75min), Johane (45 min)
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