Cerca de 80 por cento dos alunos chumbaram nos exames extraordinários da 10.ª classe em Maputo, capital de Moçambique, e apenas sete por cento conseguiu nota positiva a Matemática, referem dados governamentais.
De acordo com números divulgados pela Direção da Educação da Cidade de Maputo, a maior parte dos alunos da 10.ª e 12.ª classes e do ensino técnico profissional submetidos aos exames extraordinários, realizados em junho último, reprovou.
"Na 10ª classe, o nível de aproveitamento não supera os 20 por cento, enquanto na 12ª classe, embora sem terem sido revelados os números, os resultados são considerados igualmente desastrosos", segundo dados da Direção da Educação da Cidade de Maputo, citados pelo jornal Diário de Moçambique.
Na capital moçambicana, de um universo de 1.398 alunos submetidos ao exame externo na disciplina de Matemática, na 10.ª classe, apenas 99 alunos, o correspondente a sete por cento, conseguiram ter nota positiva.
Na prova de Física, dos 1.292 examinados, passaram somente 71, o equivalente a cinco por cento, e apenas 2 por cento dos examinados em Química, ainda da 10.ª classe, foram bem sucedidos.
O melhor aproveitamento na 10.ª classe verificou-se a Geografia, em que dos 668 inscritos, 144 conseguiram nota positiva, o equivalente a 21,5 por cento, seguido da disciplina da Língua Inglesa, com um aproveitamento de 19,5 por cento.
Na 12.ª classe, cujos exames, realizados em todo o país, foram corrigidos em Maputo, as pautas publicadas mostram um quadro geral negativo, como, por exemplo, na Escola Secundária Francisco Manyanga, um estabelecimento de referência, onde a maior parte dos examinandos reprovou.
No ensino técnico profissional, em que foram realizados as provas de Matemática e Português, o aproveitamento situou-se, em média, nos 50 por cento.
O diretor pedagógico da Direção da Educação da Cidade de Maputo, Francisco Mandlate, considerou compreensíveis "estes resultados neste tipo de exames", porque os candidatos "muitas vezes nem se preparam e só vão aos exames para tentar a sorte".
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