Quelimane ( DZ )- Mais de cem de trabalhadores sazonais da OLAM empresa fomentadora de algodão no distrito de Morrumbala estiveram em greve no último fim de semana, exigindo o pagamento de três semanas de ordenados.
A greve dos chamados "biscateiros" compreendeu a paralisação das suas actividades de desensaque do ouro branco e encerramento do portão principal de entrada ao recinto da fábrica de descaroçamento daquela cultura, uma medida que pôs em refém por longas horas o director financeiro da empresa, Amrerdra Tripathi.
Trabalhadores entrevistados pela nossa equipa de Reportagem explicaram que não tem nenhum contrato escrito com a OLAM, sendo que habitualmente recebem seus ordenados no final de cada semana laboral, sendo que os valores vão de acordo com a quantidade de sacos que cada "Biscateiro" conseguiu
desenrascar.
Mandela Albano, Dino Lucas, trabalhadores ouvidos pelo DZ disseram que a última vez que auferiram seus ordenados na ordem de 600 meticais, foi no passado dia 24 de Agosto do corrente ano, de lá para cá vivem de promessas.
A fúria dos biscateiros subiu a tónica a partir da quarta-feira, depois de três semanas de falsas promessas de pagamento que eram fomentadas pelo respectivo director financeiro.
Os grevistas concentraram-se na fábrica desde as primeiras horas de sábado, proferiram insultos, agrediram fisicamente Amrerdra Tripathi, e outros funcionários do topo naquela empresa direcção até que estes se
renderam, tendo por volta das 17horas do mesmo dia iniciado com os pagamentos.
Mesmo assim não conseguiram conter a fúria dos trabalhadores, porque segundo apuramos Amrerdra Tripathi ordenou pagamento de apenas 600 meticais, contra dois mil ou mais que cada trabalhador
deveria receber.
Tentativas de ouvir a versão do director financeiro, Amurendra Tripathi, redundaram no fracasso
porque negou prestar declarações a imprensa.
Facto curioso, Amurendra Tripathi ao invés de pronunciar-se sobre o assunto mostrou-se indignado pela presença nosso colaborador no local da greve, alegando que não estava autorizado de lá estar chegando
mesmo a proferir ameaças e intimidações.
Lembre-se que no mês passado a fábrica de descaroçamento de algodão perigou a saúde de residentes
dos bairros Liberdade e Agostinho Neto, zonas residenciais localizadas próximo daquela unidade industrial, devido a poluição.
O facto levou o administrador distrital de Morrumbala a visitar a fábrica, onde constatou a
existência de trabalhadores a laborar sem contratos, falta de equipamentos de protecção,
pagamento de salários abaixo do mínimo nacional, falta de sindicato, entre outras violações da lei de trabalho vigente no país, alias a equipe de inspecção da direcção do trabalho sabe disso porque num passado recente levaram a cabo uma inspecção, nem por isso água vai, água vem.
OLAM Morrumbala emprega 79 trabalhadores efectivos e 14 sazonais (Caetano Alberto, nosso
colaborador em Morrumbala )
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