MAIS do que um jogo de apuramento, o embate entre a Liga e o Interclube foi de luta pela conquista desta fase e demonstração do potencial. A Liga partiu com menos preocupação, pois liderava com um ponto de vantagem sobre os seus mais directos concorrentes - o próprio Interclube e o 1º de Agosto - facto que lhe assegurava no mínimo o segundo lugar. A queda do 1º de Agosto frente a A Politécnica deixou a Liga mais tranquila e abriu espaço para que a disputa do primeiro lugar se resumisse a este embate entre a campeã nacional e o Interclube, elevando as expectativas à volta deste embate.
É o que se viu. Portanto, uma luta incansável por parte da Liga, que mesmo com a vantagem mínima em cada um dos quatro período, se manteve à frente do marcador do princípio até ao fim, demonstrando forte determinação nos objectivos que perseguia nesta fase. E com muito mérito, as campeãs nacionais venceram com muito orgulho e sabor nobre, pois não deixaram os seus créditos em mãos alheios, mesmo em momento de maior aflição, quando o Interclube ameaçava mudar o rumo dos acontecimentos já na segunda metade do último período.
O sucesso da equipa moçambicana acabou se reflectindo na sua capacidade defensiva e maior atrevimento nas acções ofensivas, com perfurações para o interior da zona restrita, forçando às angolanas a cometeram faltas para lançamentos livres, muito bem aproveitados e que acabaram ser determinantes para a vitória da turma moçambicana.
Com o primeiro período a terminar com a vantagem de apenas de quatro pontos sobre o Interclube (18-14), a Liga conclui o mais cedo possível que tinha pela frente um forte adversário e que a vitória seria arrancada com muito suor. Porém, soube gerir as suas forças e não vacilou, porque tinha uma equipa que sabia como atacar e defender, com rápidas compensações, um movimento e dinamismo excelentes, que lhe permitiam sair a jogar com uma forte tranquilidade.
A mínima diferença que se notou numa análise geral da actuação da equipa nacional, são algumas falhas de finalização junto à tabela, mas compensadas nos lançamentos livres, pois o Interclube defendia-se com tanta galhardia e atacava com muita intensidade, dai que a vantagem se manteve mínima em quase todos os períodos do jogo.
Priva disso, a Liga foi ao intervalo a vencer por apenas dois pontos (25-23), situação que deixou claro que as coisas podiam, a qualquer momento, mudar de rumo, porque o Interclube estava determinado em vencer, porque a questão de repescagem até estava fora de cálculos, tendo sido anunciada no decurso das competições.
Fonte:Jornal Noticias
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