A energia eléctrica está mais cara, a partir desta terça-feira (01), em Mocambique. A Electricidade de Moçambique (EDM), empresa que detém o monopólio de fornecimento destes serviços ainda prestados sem a devida qualidade, aumentou o custo de compra, mas a tarifa social – consumo abaixo de 100 KW/hora/mês - não sofrerá alteração, pois considera-se ser a de consumidores de baixa renda.
Segundo a EDM, que, para além de abastecer corrente eléctrica sem qualidade aos moçambicanos, continua a não ter como evitar, efectivamente os cortes no fornecimento, a nova tarifa visa ajustar os preços praticados no país, com os da região, de forma a dinamizar os investimentos neste sector.
O último reajuste aconteceu em Novembro do ano passado. Os consumidores que fazem parte da tarifa de baixa tensão agrícola pagarão um metical a mais por KW/hora, os da média tensão agrícola mais 69 centavos e os da média alta registarão passam a desembolsar 1,42 meticais a mais por KW/hora.
Ainda de acordo com a EDM, que só fornece energia aos insignificantes 26% da população, o reajuste não deve criar pavor a ninguém porque é uma forma de obter fundos para a realização de vários projectos.
Na semana finda, Letícia Klemens, ministra dos Recursos Minerais e Energia, disse, na tomada de posse de quatro administradores executivos da EDM, pela primeira vez seleccionados por concurso público nacional e internacional, que número de compatriotas com acesso à energia é muito reduzido, sendo necessário fazer-se mais.
Graças à maioria da Frelimo no Parlamento, a EDM não foi alvo de uma “Comissão Parlamentar de Inquérito para a Averiguação do seus Ponto de Situação”.
O que a empresa estatal monopolista também não revela é que deixou de prestar grande parte dos serviços que lhe competem e, segundo um estudo de 2014 do CIP, “passou a funcionar como uma rede ou agência de concessão de empreitadas, que servem os interesses da elite política. Exemplo disso são os simples trabalhos de substituição de cabos eléctricos e electrificação cedidos a empresas de antigos dirigentes e desta forma despendo mais dinheiro desnecessariamente”.
Segundo o CIP os esquemas para delapidar a EDM funcionam através de empresas que operam no ramo de fornecimento de material eléctrico e execução de serviços de electrificação, que são provedores cativos protegidos e cujos proprietários são altas figuras políticas.
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