Devido a cada vez maior falta de confiança que o Banco de Moçambique(BM) inspira não só aos depositantes moçambicanos mas principalmente à potenciais investidores da banca um representante do Banco Mundial foi indicado para se juntar a Comissão de Avaliação que liderará o processo de recapitalização/venda do Moza Banco.
Pouco mais de dois meses após a intervenção que o banco central realizou no Moza Banco SA, devido a degradação e insustentabilidade da sua situação financeira, a instituição Reguladora do sector bancário moçambicano anunciou na passada segunda-feira(05) que está para breve a nomeação de uma Comissão de Avaliação que liderará o processo de recapitalização/venda, logo após a apresentação do relatório da KPMG.
Competirá a essa Comissão, que será presidida por João Figueredo, o actual presidente do conselho de administração provisório, “Apreciar o “Memorandum Informativo” a ser preparado pela KPMG e pela Direção Financeira do Moza Banco para posterior remessa aos accionistas, habilitando-os à tomada de decisão sobre o aumento de capital a deliberar pela Assembleia Geral; e Acompanhar os resultados da votação da Assembleia Geral e promover a sua execução”, informa um comunicado do BM.
Além de João Figueredo a Comissão de Avaliação será composta por um 1º Vogal, que será um Administrador do Banco de Moçambique e um 2º Vogal que será um representante do International Finance Corporation(IFC), um braço do Banco Mundial de investimento no sector privado.
Em resposta a uma pergunta do @Verdade, Alberto Bila, administrador do pelouro Jurídico, Regulamentação, Licenciamento e Recursos Humanos do Banco de Moçambique, clarificou a presença do representante da instituição de Bretton Woods no Moza Banco, “encontramos nesta instituição alguém possa trazer maior transparência que é desejável nestes processos, foi essa a principal razão”.
Fundado em 2008, o Moza Banco é detido em 50,9% pela Moçambique Capitais e em 49% pela instituição portuguesa Novo Banco.
Aparentemente o ainda quarto maior banco de Moçambique está estabilizado tendo inclusivamente inaugurado quatro novas agências nas cidades de Maputo e Matola.
“O Moza tem a 3ª maior rede bancária do País, composta por mais de 50 unidades de negócio. Estamos presentes em todas as províncias e somos actualmente o único banco com balcões no interior de mercados informais. A nossa carteira de clientes ultrapassa os 100 mil”, disse na ocasião João Figueiredo.
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