A China irá processar um de seus ex-chefes da polícia secreta depois de acusá-lo de praticar suborno e abuso de poder para interferir no cumprimento da lei, informou o Partido Comunista nesta sexta-feira.
Ma Jian, que já ocupou o cargo de vice-ministro do Ministério de Segurança Estatal chinês, é o funcionário de segurança mais graduado a ser investigado desde que o ex-czar de segurança interna Zhou Yongkang se envolveu em um escândalo de corrupção e foi condenado à prisão perpétua no ano passado.
Ma, que foi submetido a uma investigação em Janeiro de 2015, foi expulso do partido e será entregue às autoridades legais, informou a agência anti-corrupção do partido, o Comité Central de Inspecção de Disciplina, o que significa que ele será processado.
Um inquérito revelou que Ma abusou do cargo para beneficiar interesses comerciais de familiares, interferiu em actividades de cumprimento da lei não especificadas e recebeu subornos, disse a agência num comunicado breve.
Não foi possível contactar Ma para obter comentários e não ficou claro se ele contratou um advogado.
Os tribunais são controlados pelo partido e não irão contestar as suas acusações.
O poderoso Ministério de Segurança Estatal é uma operação semelhante à antiga KGB soviética ou ao SISE moçambicano que espia os seus cidadãos e estrangeiros interna e externamente. Ele é um dos organismos mais obscuros da China e não tem um site público nem um porta-voz.
Uma fonte que tem laços com a liderança havia dito à Reuters anteriormente que Ma era director do "escritório no 8" da pasta, que é responsável por actividades de contra-espionagem de estrangeiros, a maioria diplomatas, empresários e repórteres.
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