Os vastos incêndios nas florestas no centro e sul do Chile provocaram "o maior desastre florestal na história" do país, afirmou nesta segunda-feira a Presidente Michelle Bachelet, que cancelou uma viagem ao estrangeiro para acompanhar a situação de emergência.
Pelo menos 130 quilómetros quadrados foram reduzidos a cinzas, situados na sua maioria em áreas rurais escassamente povoadas, segundo o Serviço Nacional de Emergência. Se bem que a maioria dos 150 fogos que irromperam nesta época de verão estejam sob controlo ou já extintos, 40 ainda continuam activos.
Três bombeiros morreram no combate às chamas e outros ficaram feridos. Soldados e dezenas de aviões também foram mobilizados para atacar as chamas.
Bachelet anulou uma deslocação à República Dominicana, onde iria participar numa cimeira de líderes da América Latina e das Caraíbas, para poder controlar a resposta oficial à situação.
O México e a Argentina responderam ao pedido internacional de ajuda lançado pelos dirigentes de Santiago, enviando bombeiros.
Nas regiões centrais de O'Higgins e El Maule, os fogos são considerados os piores dos últimos 50 anos, e foi declarado o "estado de catástrofe" para ambas.
Os fogos são comuns nas secas florestas chilenas durante o verão, muitos dos quais resultantes de actividade humana.
Mas este ano a situação está pior, devido a uma seca que dura há oito anos, o que é atribuído às alterações climáticas. Uma sequência de dez dias com elevadas temperaturas também contribuiu para a actual situação.
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