Um atirador matou o ministro de Meio Ambiente e Águas do Burundi neste domingo, disse a polícia, no que foi o primeiro assassinato de uma importante figura de governo em quase dois anos de violência política.
Emmanuel Niyonkuru, 54 anos, foi atacado quando ia para casa na capital Bujumbura, disse o porta-voz da polícia Pierre Nkurikiye no Twitter.
Os protestos violentos começaram em 2015 depois que o presidente Pierre Nkurunziza disse que buscaria um terceiro mandato-- uma decisão que, segundo opositores, violava a constituição e o acordo de paz que terminou com uma guerra civil de contornos étnicos no país.
Pelo menos 450 pessoas morreram em confrontos entre manifestantes e forças de segurança, assassinatos por vingança e em um golpe frustrado, alimentando temores de um distúrbio generalizado na região ainda assombrada pelo genocídio na vizinha Ruanda em 1994.
“O ministro de Meio Ambiente e Águas recebeu um tiro... quando ia para casa”, disse Nkurikiye.
Quatro pessoas foram presas para interrogatório, incluindo o dono de um bar que Niyonkuru frequentava e dois guardas de segurança que vigiavam a sua casa. A quarta pessoa é uma mulher que estava com o ministro quando ele foi morto.
O Presidente Nkurunziza afirmou no Twitter que o ministro havia sido assassinado e ofereceu os seus sentimentos “para a família e todos os cidadão de Burundi”.
Nkurunziza foi reeleito em julho de 2015 em uma eleição em grande parte boicotada pela oposição. Também no Burundi, a polícia disse que sete pessoas ficaram feridas quando um agressor não identificado lançou uma granada numa igreja onde elas rezavam.
O ataque ocorreu no sábado à noite no distrito de Rugazi, a 40 km de Bujumbura.
Nkurikiye disse à Reuters que a igreja atacada não era registrada e havia sido construída ilegalmente. O líder da igreja havia sido detido para investigação, afirmou ele.
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