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quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Sinistralidade rodoviária mata 16 pessoas e PRM aponta álcool e excesso de velocidade como causa

Dezasseis pessoas morreram e outras 26 contraíram lesões graves em consequência de 14 acidente viação ocorridos entre o fim-de-semana da transição do ano e 02 de Janeiro corrente. Todavia, o Ministério da Saúde (MISAU) fala de 42 óbitos, dos quais 28 por sinistros rodoviários.

Inácio Dina, porta-voz do Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), disse a jornalistas, no habitual briefing semanal, que o grosso dos acidentes foi do tipo atropelamento/carro-peão.

O excesso de velocidade, o condução em estado de embriaguez e a má travessia de peões são apontados como as causas desta tragédia.

A cidade de Maputo e as províncias de Sofala e da Zambézia são as que registaram maior número, de acordo com a corporação.

Segundo o Instituto Nacional de Estatísticas (INE), em média, cinco pessoas perdem a vida por dia, em Moçambique, devido a acidentes de viação. O homem é considerado um dos principais factores, mas os apelos para a mudança de atitude continuam sem surtir os efeitos desejados.

Em igual período de 2016, houve oito sinistros rodoviários que deixaram um rasto de 22 mortes e 27 feridos graves.

“Houve redução mas a vida de uma pessoa não tem preço”, disse Inácio Dina, em balanço preliminar, frisando que mesmo se tivesse morrido apenas uma pessoa, não deixaria de ser preocupante.

“Temos a lamentar a falta de observância estrita das regras de trânsito, quer por parte dos automobilistas, quer por parte dos peões”, prosseguiu o policial, indicando que ainda existem cidadãos que não sabem atravessar uma estrada e o condutor, por sua vez, não vezes sem conta não consegue evitar o atropelamento.

O Centro de Integridade Pública (CIP) entende que a corrupção é uma das principais causas de acidentes de viação em no país, mas não está a merecer a devida atenção por parte das autoridades governamentais, no que diz respeito à busca de soluções vigorosas para estancá-los.

A referida corrupção, diz o CIP, está centrada no Instituto Nacional dos Transportes Terrestres (INATTER), uma instituição do Estado que permite que “milhares de cidadãos obtenham carta de condução sem terem passado pela formação e por um exame rigoroso”.

“A carta de condução está à venda no INATTER”, diz um estudo daquele organismo da sociedade civil, indicando que os condutores estrangeiros estão entre os principais compradores das cartas de condução.

Ainda no período em análise, 16 pessoas foram presas por condução ilegal e outras 25 por cometimentos de diversos crimes.



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