A promotoria da Coreia do Sul acusou nesta segunda-feira oficialmente a ex-presidente Park Geun-hye por delitos relacionados com um esquema de corrupção, pelos quais pode ser condenada a um mínimo de dez anos de cárcere e inclusive à prisão perpétua.
Entre as acusações apresentadas contra ela estão a de suborno, abuso de poder, coação e vazamento de segredos oficiais, informou a agência "Yonhap".
Park, que perdeu a sua imunidade presidencial após ser destituída em 10 de Março, está em prisão preventiva há quase 20 dias por causa do seu papel na rede criada junto com sua amiga Choi Soon-sil (conhecida como "Rasputina", por causa de sua proximidade com a ex-governante), que supostamente extorquiu de grandes empresas cerca de 70 milhões e dólares norte-americanos.
A promotoria anunciou ao mesmo tempo que imputou o presidente do Grupo Lotte, Shin Dong-bin, por abonar supostamente a rede cerca de 7 bilhões de wons (cerca de 6,15 milhões dólares) e também que não apresentará cargos contra o presidente do Grupo SK, Chey Tae-won, que aparentemente se negou a colaborar com a trama.
O caso da "Rasputina" atingiu os "Chaebol" (os grandes grupos empresariais sul-coreanos), entre eles o maior do país, o Samsung, cujo presidente, Lee Jae-yong, foi preso de maneira preventiva em fevereiro e está sendo julgado.
A imputação oficial da ex-presidenta Park, que defendeu a sua inocência em todos os interrogatórios, coincide com o início nesta segunda-feira mesmo da campanha eleitoral para as eleições presidenciais antecipadas que acontecem no dia 9 de Maio.
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