Itália anunciou estar a estudar um eventual encerramento dos seus portos para impedir a acostagem de navios sem pavilhão italiano e transportando migrantes socorridos ao largo das costas líbias, revelou quinta-feira a imprensa local.
Segundo a mesma fonte, este anúncio consta duma carta que o Governo italiano entregou à Comissão Europeia, afirmando que a situação com que está confrontado "é insuportável e a Europa não pode continuar insensível". "O Governo italiano pediu ao seu representante na União Europeia (UE) a elaboração de uma exposição oficial sobre a questão das ondas de migrantes para a Itália diante do comissário europeu para a Migração.
"As razões que levaram Itália a agir assim estão ligadas ao facto de que a situação se tornou insuportável, na medida em que todos os navios que realizam operações de socorros acostam em Itália, que não pode continuar a suportar sozinha o fardo do acolhimento", prosseguiu.
Por outro lado, acrescentou, não se pode fazer a distinção entre as operações de socorro e o acolhimento dos migrantes, e a UE não pode limitar as suas intervenções apenas às operações de socorros que acontecem em mar.
Segundo as últimas estatísticas do Ministério italiano do Interior, 76 mil e 873 migrantes clandestinos chegaram a Itália desde o início do ano, ou seja, uma subida de 13,34 porcento em relação ao mesmo período do ano passado. O número de menores não acompanhados estima-se em nove mil e 761 pessoas.
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