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quinta-feira, 22 de junho de 2017

@Verdade Editorial: Paciência tem limite!

O que se está a passar em Moçambique é sem dúvidas uma amostra grátis da falta de respeito, sensibilidade e compaixão para com o sacrificado povo moçambicano. Desde que, há anos, o Governo da Frelimo pendurou-se no poder tem vindo alegre e sistematicamente a empurrar os moçambicanos para o vale da desgraça. Estes são obrigados a sobreviver à essa violência e didatura absoluta. E o mais dramático é que a população é forçada a ouvir zombar mascarada de aconselhamento através dos órgãos de informação.

Numa intervenção que soou à insultos ao povo, o Primeiro- -Ministro afirmou que se deve aumentar a produção para que todos os moçambicanos possam andar de viaturas de marca Mercedes-Benz. Carlos de Rosário respondia, assim, a inquietação de centenas de moçambicanos em relação as viaturas adquiridas para os deputados da Comissão Permanente da Assembleia da República. Este pensamento do Primeiro-Ministro é revelador da falta de bom senso, para além da sua ignorância aguda. É sabido que o senhor do Rosário anda em Mercedes, mas desde que lhe foi confiado o cargo de Primeiro-Ministro nunca se viu um resultado sequer do seu trabalho, senão sistemáticas ao povo. Pelo contrário, em tempo de crise que o país atravessa, o Primeiro-Ministro tem-se limitado a viajar de um lado para outro, esbanjando os cofres do Estado.

Quem também perdeu a oportunidade de ficar calado é o ministro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita. O ministro, no cúmulo da sua incompetência no sector que dirige, sugeriu que os autocarros avariados das empresas públicas de transporte de Maputo e Matola fosse transformados em salas de aula com vista a reduzir o número de alunos que estudam ao relento. O senhor Mesquita devia se preocupar com a situação de falta de transportes que tira o sono a centenas de moçambicanos, ao invés de vir com soluções estupidificantes.

Estas são algumas situações que nos deixam revoltados com o Governo de turno e perante isso não temos mais altenativas. Ou exigemos mudança ou façamos ela acontecer. A mais do que necessária mudança política não resultará de qualquer caridadezinha política e, muito menos, cairá do céu. Portanto, só os moçambicanos podem mudar esse inferno em que vivemos criado pela Frelimo.



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