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sábado, 29 de julho de 2017

Mundiais de Natação: O dia em que a Rússia chegou ao ouro (três vezes)

Ao sexto dia, a Rússia conquistou Budapeste. Com apenas três bronzes nos cinco primeiros dias dos mundiais de natação em piscina longa que decorrem desde domingo passado na capital húngara, a equipa russa era a principal desilusão da competição. Até que nesta quinta-feira, em pleno dia do baptismo da Rússia, a natação russa surgiu renascida na Danube Arena e subiu finalmente ao lugar mais alto do pódio, e por três vezes.

A demonstração de força dos russos - em xeque nos últimos anos devido às acusações de doping sobre a generalidade do desporto na Rússia - começou com a vitória de Evgeny Rylov nos 200 metros costas, com um novo recorde europeu, prolongou-se através de mais um feito da experiente Yulia Efimova nos 200 metros bruços e completou-se com Anton Chupkov nos 200 bruços masculinos, última final individual do dia, também com novo recorde da Europa (e dos campeonatos).

Um dia em grande para a Rússia, que fechou com mais uma medalha, mas de prata, na estafeta masculina de 4x200m livres. Com esta jornada de glória, a Rússia saltou para o quarto lugar do medalheiro (três ouros e sete medalhas no total), que os EUA (dez ouros, 25 medalhas) lideram por larga margem.

Na primeira celebração do dia do baptismo russo nestes mundiais, Evgeny Rylov impôs um ritmo fortíssimo desde início nos 200 metros costas, fixando o novo máximo europeu em 1.53,61 minutos e superando os norte-americanos Ryan Murphy (campeão olímpico no Rio 2016, tanto nos 200 como nos 100m costas) e Jacob Pebley.

Depois, chegou a vez da histórica consagração de Yulia Efimova como a russa mais medalhada de sempre em mundiais, com a polémica nadadora, que já cumpriu uma suspensão por doping, a vencer os 200 metros bruços para celebrar um quinto título mundial da carreira e a 12.ª medalha em campeonatos do mundo, ultrapassando assim Alexander Popov como o mais medalhado nadador russo de sempre nos mundiais de piscina longa.

Pelo meio, Efimova teve ainda o gosto da desforra sobre a norte-americana Lilly King (fora do pódio), que a batera nos 100 metros bruços e com quem mantém uma relação tensa desde os Jogos do Rio, quando King a venceu e a acusou de ser batoteira. Por fim, Chutkov impôs-se, nos 200 bruços masculinos, aos japoneses Yasuhiro Koseki e Ippei Watanabe (recordista do mundo), com novo recorde europeu e dos campeonatos (2.06,96).

Só na primeira final individual do dia não houve russos no pódio: nos 100 metros livres femininos, a norte-americana Simone Manuel levou o ouro, tal como nos Jogos Olímpicos de 2016, relegando a sueca Sarah Sjöström para o segundo lugar.



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