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segunda-feira, 31 de julho de 2017

Quarto trimestre de 2016: Criados 70.422 empregos

Foto de Fim de SemanaNo quarto trimestre de 2016 foram criados, no País, incluindo as minas e farmas da África do Sul, 70.422 empregos, tendo 28.553 jovens beneficiado de formação profissional e ainda registados 1.461 estágios pré-profissionais, no mesmo período.

No cômputo geral, o número de empregos registados decresceu na ordem de 15,6 por cento, em relação ao trimestre anterior, situação que pode estar aliada ao abrandamento da economia de uma forma geral, com mais incidência nas províncias de Niassa, Tete e Gaza.

Estes dados constam do IV Boletim Informativo do Mercado do Trabalho, referente ao 4º trimestre de 2016, lançado oficialmente, segunda-feira, 31 de Julho em Maputo, pela ministra do Trabalho, Emprego e Segurança Social, Vitória Diogo. Trata-se de uma produção realizada pela Direcção Nacional de Observação do Mercado de Trabalho, em parceria com a Faculdade de Economia da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), visando sistematizar a informação para a análise das tendências do mercado, nas vertentes da procura e oferta de mão-de-obra.

O documento indica ainda que no final do 4º trimestre de 2016 permaneciam registados nos centros de emprego em todo o País 177.455 desempregados dos quais 131.042 homens e 46.413 mulheres, representando cerca de 26.4 por cento do total, deste 94.199 candidatos procuravam o primeiro emprego e os restantes 83.256, novo emprego.

Intervindo no acto de lançamento, a governante referiu-se à criação pelo ministério do Instituto de Formação Profissional e Estudos Laborais Alberto Cassimo (IFPELAC), que tem o papel de assegurar a formação profissional dos moçambicanos, com destaque para jovens em diversas áreas do saber fazer. Este instituto, conforme realçou, vem preencher um espaço importante na provisão de habilidades básicas para a inserção laboral dos cidadãos, para além de ser um complemento ao subsistema de educação técnico-profissional.

“A criação de condições de empregabilidade dos graduados tem traduzido a que mais medidas sejam adoptadas para a promoção de estágios pré-profissionais, o que se tem mostrado eficaz e neste mesmo período foram registados 1.461 estágios”, frisou Vitória Diogo.

Por sua vez, Orlando Quilambo, reitor da UEM, revelou que a Faculdade de Economia, através da sua unidade de investigação, o Centro de Estudos de Economia e Gestão, com o apoio da Universidade de Copenhaga e Universidade das Nações Unidas, e em coordenação com o Ministério do Trabalho, Emprego e Segurança Social, está a implementar um inquérito sobre as oportunidades de emprego, que vai abarcar mais de 2.100 estudantes finalistas.

Num outro desenvolvimento, o reitor afirmou que a UEM lidera na formação de moçambicanos com qualificações superiores em áreas fundamentais para o actual desenvolvimento de Moçambique, nomeadamente a agricultura, com cerca de 50 por cento, ciências naturais, com cerca de 60 por cento, engenharias, com aproximadamente de 40 por cento, e saúde, com cerca de 20 por cento.

“O desafio continua, entretanto, muito presente, pois segundo as estatísticas oficiais do INE-Instituto Nacional de Estatística, em 2015, cinco milhões de moçambicanos encontravam-se na idade de entrar no mercado do trabalho, entre 15 e 25 anos de idade. Comparando este número com o dos graduados revela que ainda há um longo caminho a percorrer”, concluiu.



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