As forças de segurança da Venezuela prenderam nesta quinta-feira pelo menos 261 pessoas durante uma greve geral de 24 horas convocada pela oposição para protestar contra o Governo de Nicolás Maduro.
"261 detenções por protestos verificadas até agora. Desde o dia 1º de abril, é a segunda maior quantidade de presos em um dia após 19 de abril", disse em mensagem publicada no Twitter o diretor-executivo da organização de defesa dos direitos humanos Foro Penal Venezuelano (FPV), Alfredo Romero.
Do total, mais de 100 pessoas foram presas na província de Zulia, no oeste do país e perto da fronteira com a Colômbia. Em Nova Esparta, no nordeste da Venezuela, houve 43 detenções. Segundo o balanço do FPV, há presos em 11 dos 25 estados do país.
Caracas, a capital, e Carabobo, no norte, seguem na lista com mais presos, com dez e sete, respectivamente, de acordo com a ONG. Além disso, dois jovens morreram durante uma manifestação na cidade de Los Teques, ao sudoeste de Caracas.
Já em Carabobo, em dois incidentes confirmados pelo Ministério Público (MP) da Venezuela, nove pessoas ficaram feridas. Várias fontes informaram sobre a morte de outras duas pessoas em incidentes relacionados com a greve geral, mas a notícia ainda não foi confirmada pelo MP.
A greve de hoje é parte da segunda fase de pressão contra o governo de Maduro, iniciada pela oposição depois do plebiscito convocado no último domingo, no qual 7,5 milhões de venezuelanos disseram ser contrários à Assembleia Nacional Constituinte convocada pelo presidente para modificar a Carta Magna do país.
A Venezuela vive desde 1º de Abril uma onda de manifestações contrárias e favoráveis ao governo. Várias delas foram reprimidas, gerando confronto entre simpatizantes da oposição e das forças de segurança, o que já provocou a morte de 98 pessoas.
Segundo dados do FPV, que presta assistência jurídicas aos presos, mais de 4 mil pessoas foram detidas durante os protestos. Do total, mais de mil seguem atrás das grades.
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