O saldo de mortes de enchentes ocorridas na Índia, em Bangladesh e no Nepal superou 1.200, disseram autoridades nesta sexta-feira, e equipes de resgate estão correndo para levar ajuda a milhões de pessoas ilhadas devido ao pior desastre do tipo em anos.
Os três países sofrem enchentes frequentes durante a estação de monções, entre Junho e Setembro, mas agências internacionais de auxílio dizem que neste ano a situação é pior, já que milhares de vilas estão isoladas e as pessoas estão sem comida e água limpa há dias.
Autoridades estaduais de Bihar, no leste indiano, disseram que ao menos 379 pessoas morreram nos últimos dias e que milhares estão abrigadas em campos de auxílio distantes de seus lares inundados.
“A plantação deste ano foi arrasada pelas enchentes, e testemunharemos um aumento acentuado do desemprego”, disse Anirudh Kumar, autoridade de gerenciamento de desastres de Patna, capital de Bihar, Estado pobre e conhecido pela emigração maciça de pessoas que vão às cidades em busca de empregos.
No vizinho Uttar Pradesh, ao menos 88 pessoas morreram quando as enchentes inundaram quase metade do vasto Estado de 220 milhões de pessoas. Rajan Kumar, funcionário do Ministério do Interior federal de Nova Délhi que supervisiona as operações de ajuda e resgate, disse que no mínimo 850 pessoas morreram em seis Estados afectados pelas inundações no último mês.
“Uma segunda onda de enchentes provocou uma destruição generalizada”, disse. “Teremos que providenciar reabilitação imediata para ajudar milhões afetados diretamente”.
No Nepal, 150 pessoas morreram e 90 mil casas foram destruídas pelo que a Organização das Nações Unidas (ONU) vê como a pior onda de enchentes no local em uma década.
No Bangladesh, ao menos 134 pessoas pereceram e mais de 5,7 milhões foram afectadas directamente, já que as enchentes das monções inundaram mais de um terço do país densamente povoado e situado em terras baixas.
Plantações em 10.583 hectares foram devastadas e outros 600.587 hectares de terras de cultivo foram parcialmente danificados, de acordo com o Ministério de Desastres, um golpe duro na nação dependente da agricultura e que perdeu cerca de um milhão de toneladas de arroz nos alagamentos litorâneos de Abril.
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