A ministra do Trabalho, Emprego e Segurança Social, Vitória Diogo, defendeu a necessidade de se privilegiarem as medidas preventivas e não reactivas para fazer face ao recrudescimento de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais no País.
A governante falava na sexta-feira, 27 de Outubro, em Maputo, durante a palestra subordinada ao tema “Segurança e Saúde no Trabalho”, que proferiu na Universidade Pedagógica (UP), para uma plateia composta por estudantes, docentes e o corpo técnico administrativo da Universidade Pedagógica.
De acordo com Vitória Diogo, é com enorme preocupação e desagrado que o País continua a registar a ocorrência de acidentes laborais, sendo que só em 2016 foram reportados, ao nível nacional, 495 acidentes de trabalho, que resultaram em 14 mortes, 415 lesões de incapacidade temporária, 63 lesões de incapacidade permanente parcial e 3 lesões de incapacidade permanente total.
Para travar estes números que preocupam sobremaneira as autoridades nacionais, sobretudo por espelharem apenas os casos reportados, a ministra falou da necessidade de se adoptar, a todos os níveis, “uma cultura de prevenção de acidentes de trabalho e doenças profissionais com o envolvimento de todos, desde os parceiros sociais até à sociedade no geral”.
O envolvimento da entidade empregadora e a participação dos trabalhadores, conforme referiu Vitória Diogo, são fundamentais para a promoção de uma cultura de segurança e saúde no local de trabalho. “Sobretudo, porque a experiência tem demonstrado que as empresas que possuem e respeitam, conscientemente, a sua política de segurança e saúde no trabalho, criam um ambiente positivo, motivando a participação de todos, o que contribui para o aumento da produção e da produtividade”, explicou.
“Acreditamos que este dramático cenário de acidentes e doenças pode ser revertido com pequenos e simples gestos de prevenção, bem como com o empenho dos gestores e dos trabalhadores”, manifestou a ministra, reiterando que a prevenção de acidentes de trabalho e doenças profissionais deve fazer parte dos objectivos primordiais de qualquer empresa.
A propósito da palestra, o reitor da UP, Jorge Ferrão, referenciou que, “por aquilo que nos foi transmitido, notamos que os nossos fundamentos não se distanciam das políticas públicas, na medida em que temos, na nossa universidade, um curso sobre a segurança no trabalho”.
“Com a realização deste evento, abriu-se a possibilidade de a UP colocar, à disposição do ministério, trabalhos feitos pela universidade sobre o tema da palestra, como também de o ministério solicitar algum trabalho de pesquisa à nossa instituição”, garantiu Jorge Ferrão, que, na ocasião, manifestou a vontade de as duas instituições trabalharem em conjunto para travar o agravamento de acidentes de trabalho e doenças profissionais no País.
“Estamos satisfeitos pela oportunidade que tivemos de captar conhecimentos da ministra do Trabalho, Emprego e Segurança Social e, pela enchente no auditório. A palestra foi positiva e frutífera”, finalizou Jorge Ferrão.
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