Mais de 10 mil pessoas viram-se obrigadas de fugir das suas zonas de origem nas províncias de Bas e de Médio Shabelle, no centro da Somália, devido a bombardeamentos aéreos e combates terrestres em Novembro corrente, deplorou segunda-feira o Conselho Norueguês para os Refugiados (CNR).
"Nós assistimos a um aumento espectacular das chegadas de famílias que fogem de combates nos campos sobrelotados de Mogadíscio. Os campos já estão demasiado cheios de pessoas afectadas pela seca e que sobrevivem apenas em abrigos frágeis", afirmou o diretor local da organização humanitária internacional, Victor Moses.
"O choque sentido pelas pessoas que fogem ao mesmo tempo do conflito e da seca é duplo, o que significa que elas devem suportar crises múltiplas ao mesmo tempo, e isso pode vulnerabilizá-as ainda mais", alertou o responsável desta organização.
As tensões nos distritos de Bal’ad e de Afgooye resultaram num conflito aberto em novembro corrente. Além disso, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), um aumento alarmante de casos de extorsão, de tortura, de abusos sexuais e de restrições de movimento foi assinalado a nível das barragens rodoviárias e dos postos de controlo instalados devido ao conflito. Muitas famílias fugiram durante as tréguas nos combates para a cidade capital, Mogadíscio.
"O Conselho Norueguês para os Refugiados está extremamente preocupado com o impacto humanitário dos combates e dos bombardeamentos aéreos que ocorreram numa altura em que as necessidades se fazem cada vez mais sentir", indica Moses.
A ajuda chega a numerosos Somalis nos campos em torno de Mogadíscio, mas não a todo o mundo, o que afugenta particularmente estas famílias confrontadas recentemente com combates.
As famílias “recém-chegados” precisam com urgência de abrigos, de água e da alimentação, acrescentou. Mais de um milhão de pessoas, prosseguiu, foram deslocadas de forma interna na Somália desde janeiro, essencialmente devido à seca mas também ao conflito, à insegurança e a inundações.
A crise intensificou-se durante este ano e a metade da população, ou seja mais de seis milhões e 700 mil pessoas, precisam agora de ajuda alimentar contra seis milhões 200 mil registadas no início do ano de 2017, indica-se.
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