A câmara baixa do Zimbabwe iniciou nesta terça-feira uma reunião para debater uma moção de censura contra o presidente Robert Mugabe, que perdeu o apoio de seu próprio partido desde a intervenção militar de terça-feira passada. Paralelamente fracassou uma reunião do Conselho de Ministros convocada por Mugabe, pois nenhum de seus ministros compareceu.
Posteriormente, é esperada uma sessão conjunta da câmara baixa e do Senado que teve início às 16h30 no Centro Internacional de Convenções de Harare, capital do país.
O partido de Mugabe, a União Nacional Africana de Zimbabwe-Frente Patriótica (ZANU-PF), conta com maioria em ambas as câmaras e a imprensa local indica que a principal formação opositora, o Movimento pela Mudança Democrática (MDC-t), apoiará a moção.
A ZANU-PF anunciou nesta segunda-feira(20) que iniciaria os procedimentos para destituir Mugabe na câmara Baixa, um dia depois de tê-lo destituído como número um da formação e substituí-lo pelo ex-vice-presidente Emmerson Mnangagwa.
A ZANU-PF tinha dado um ultimato até ontem para que renunciasse perante a ameaça de iniciar os trâmites para apresentar a moção de censura contra ele.
Entretanto o ainda presidente do Zimbabwe havia convocado para a manhã desta terça-feira uma reunião do seu Governo, que acabou sendo um fracasso, pois nenhum de seus ministros compareceu
Sem apoio popular, com o seu próprio partido contra e confinado pelos militares há quase uma semana, Mugabe, de 93 anos, resiste em deixar o poder que ostenta desde 1980.
Durante a manhã, o principal candidato a substitui-lo, o ex-vice-presidente Emmerson Mnangagwa, juntou-se às vozes que pedem a sua renúncia, mas afirmou que não vai retornar ao país até que sua segurança pessoal esteja garantida. P
ara o ex-vice-presidente, Mugabe tem duas opções: "cooperar" e assim garantir seu "legado" ou enfrentar o povo e correr o risco de sofrer uma "humilhação".
O antigo "número 2" do governo já foi nomeado como líder provisório do ZANU-PF, em substituição de Mugabe, e candidato às eleições presidenciais de 2018.
Numa conferência de imprensa na segunda-feira à noite, o chefe das forças armadas, Constantine Chiwenga, garantiu que Mugabe e Mnangagwa já mantiveram contacto e que o primeiro traçou um "roteiro e uma solução definitiva para o país".
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