Aproximadamente, 20 milhões de russos, em torno de 13% da população, vive abaixo da linha de pobreza, informou o Governo nesta quinta-feira.
"De acordo com os nossos dados, o número de cidadãos com renda inferior ao mínimo que permite a sobrevivência se mantém em torno dos 20 milhões", disse o ministro do Trabalho, Maxim Topilin, em entrevista ao canal público.
Ele admitiu que é um indicador "pelo menos, desagradável" e vinculou isso ao aumento do custo da vida.
Topilin lembrou que, por ordem do presidente russo, Vladimir Putin, o salário mínimo vai aumentar até atingir 85% do mínimo para sobreviver a partir de 1 de Janeiro.
Segundo o ministro, o salário mínimo no país irá se equiparar ao nível de subsistência, que actualmente ronda os 10 mil rublos (cerca de 20 mil meticais).
Putin, que admitiu que o aumento do número de pessoas pobres é "alarmante", destacou que a economia russa já superou a recessão e que "tanto os actores económicos quanto os cidadãos sentirão gradualmente as melhorias".
Conforme dados oficiais, quase 8 milhões de russos podem ser declarados falidos por dívidas. O maior problema para muitas famílias russas é a perda de poder aquisitivo devido à desvalorização do rublo, que perdeu mais da metade do valor frente ao euro e ao dólar desde o fim de 2014, e ao aumento do custo da cesta básica por conta das sanções contra os produtos ocidentais.
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