O lendário músico sul-africano Hugh Masekela, considerado o pai do jazz no país, morreu nesta terça-feira aos 78 anos, após uma longa batalha contra o cancro de próstata, informou a sua família.
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O trompetista, fliscornista, cornetista, compositor e cantor lutava contra a doença desde 2008 e a piora do seu estado obrigou-lhe, em Outubro de 2017, a cancelar um concerto no festival que levava seu nome, celebrado em Soweto, para concentrar-se no seu tratamento.
Masekela tinha uma grande reputação internacional; participou de vários Dias Internacionais do Jazz - organizados pela Unesco desde 2011 - e de festivas de jazz por todo o mundo, como o de Monterey (a Califórnia, EUA) de 1967, onde tocou junto a figuras como Jimi Hendrix e Janis Joplin.
O músico foi casado entre 1964 e 1966 com a legendária Miriam Makeba (1932-2008), cantora, actriz e activista, uma das mais importantes representantes da luta contra o regime de Apartheid fora das fronteiras da África do Sul.
Masekela também esteve envolvido na luta contra o "Apartheid" desde muito jovem: o seu primeiro trompete comprou do activista anti-segregação Trevor Huddleston, que lhe ajudou a integrar-se na primeira orquestra juvenil da África do Sul, a Huddleston Jazz Band.
As restrições contra o jazz na África do Sul depois que o Governo o considerou uma expressão de resistência terminaram com seu exílio, primeiro em Londres e depois em Nova York.
Em 1982 participou da Conferência Cultural e de Resistência realizada em Botswana pelo Congresso Nacional Africano (CNA), que governou o país desde a chegada da democracia em 1994.
Precisamente, um de seus mais recordados sucessos, "Bring Him Back Home", lançado em 1987, se transformaria na canção da excursão mundial de Nelson Mandela após sua saída de prisão.
A família de Masekela indicou que informará os detalhes do seu funeral nos próximos dias.
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