O aparatoso acidente de viação que se deu em Inhambane onde deixou seis óbitos e 28 feridos foi um dos principais acontecimentos que marcou o mês de Agosto. Além disso, o facto de o Presidente Nyusi encontrar-se com líder da Renamo em Gorongosa, para além do Governo da Frelimo ter “enterrado” mais de meio bilhão de meticais nas Linhas Aéreas de Moçambique, foram também os aspectos marcantes no mês de Agosto.
Inhambane vergastado por mais um acidente de viação horroroso que deixa seis óbitos e 28 feridos
Seis pessoas morreram e outras 28 ficaram feridas, das quais 10 em estado grave, em consequência de um terrível acidente de viação ocorrido na madrugada do dia 08 de Agosto de 2017, no distrito de Vilankulo, província de Inhambane, envolvendo um autocarro de passageiros e um camião. O desastre aconteceu quase no mesmo local onde há um ano outras 15 pessoas perderam a vida nas mesmas circunstâncias.
O sinistro, que deixou igualmente avultados danos materiais nos veículos envolvidos, deu-se na localidade de Mavanza, ao longo da Estrada Nacional número um (EN1). Das vítimas mortais consta uma criança de seis anos de idade, segundo Cláudio Langa, porta-voz do Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM).
O autocarro de passageiros, que fazia o trajecto norte/sul, embateu-se violentamente na parte traseira de um camião que se encontrava estacionado na berma da estrada.
Dados colhidos no local pela corporação indicam que “o excesso de velocidade e a fraca visibilidade na via, devido ao nevoeiro”, podem ter concorrido para a desgraça. “O condutor do autocarro está detido”, disse Cláudio Langa.
A lateral esquerda do autocarro de passageiros da companhia “Entre Rios” ficou totalmente “rasgada” e desfigurada e alguns passageiros ficaram desformados.
Alguns corpos ficaram esmagados e presos na carroçaria.
Os sobreviventes foram socorridos para os hospitais distritais de Vilankulo e Massinga e os óbitos levados para a morgue, apurou o @Verdade de fontes policiais em Inhambane.
Filipe Nyusi encontra-se com Afonso Dhlakama em Gorongosa, onde Guebuza recusou ir enquanto Chefe do Estado
O Presidente da República, Filipe Nyusi, encontrou- se, no dia 06 de Agosto, com o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, no distrito de Gorongosa, província de Sofala, onde discutiram e acordaram sobre os próximos passos a seguir para o alcance da paz, cujo dossier esperam que seja concluído até finais deste ano.
O Chefe do Estado e o presidente do maior partido da oposição no país falaram igualmente da necessidade de manutenção do diálogo entre as partes “como o principal instrumento para alcançar consenso”.
Para além de perspectivar um novo encontro para preparar os últimos passos do que discutiram, eles conversaram ainda sobre “como o acompanhar de perto o trabalho das duas comissões”.
Filipe Nyusi deslocou-se para Gorongosa, ido de Chimoio, capital provincial de Manica, onde no sábado (05) terminou uma visita presidencial de três dias.
A partir do posto administrativo de Machipanda, o Alto Magistrado da Nação disse que os moçambicanos devem ter a cultura de diálogo para ultrapassarem as suas diferenças.
“Não se pode olhar para a violência como única fomar para resolver os nossos problemas. Nós estamos a conversar com o partido Renamo, na pessoa do seu líder, Afonso Dhlakama, porque queremos a paz para prosseguirmos com as actividades de desenvolvimento para o bem-estar dos moçambicanos”, disse.
Com a ida a Gorongosa, Nyusi superou o seu antecessor, Armando Guebuza, que, pese embora tenha assinado um acordo de cessar-fogo [efémero] com Dhlakama, sempre mostrou-se indisponível para tomar a mesma posição.
Mas Dhlakama sempre concordou em deslocar-se a Maputo, para discutir com o Governo a pacificação do país, apesar de que impunha algumas condições.
“No dia em que o Presidente Guebuza retirar essas forças que estão a cercar Satunjira, na Gorongosa, eu posso ir a Maputo. Mas como ele [Armando Guebuza] tem problemas em retirar essas forças, convido-o a vir já à Gorongosa para pormos termo a isso”, disse o líder da Renamo.
Contudo, Guebuza, que passou grande parte do seu mandato a dirigir um país mergulhado em guerra, saiu do poder sem nunca ter ido a Gorongosa.
Governo “enterrou” mais meio bilião de meticais nas Linhas Aéreas de Moçambique
A promessa do Presidente Filipe Nyusi de “quebrar o mito” que as Linhas Aéreas de Moçambique são a companhia de bandeira pareceu não passar de intenção. É que o seu Governo avalizou, mais um, empréstimo de mais de meio bilião de meticais para a empresa restaurar as suas operações e apoiar a tesouraria. Com mais este empréstimo ascendeu a 5,1 biliões as dívidas das LAM à banca nacional.
Quando em meados de Abril de 2017 o Chefe de Estado visitou as LAM e constatou os resultados de más decisões tomadas ao longo de várias décadas, cada vez mais visíveis no serviço prestado aos passageiros, assegurou que o seu Governo iria “intervir”.
“Vamos quebrar o mito de que somos bandeira. Podemos negociar para a bandeira ser de qualidade. Caso não vamos rebentar”, declarou Filipe Nyusi na ocasião sem precisar de que forma essa intervenção iria acontecer.
Importa recorda que quando Nyusi assumiu o poder já as Linhas Aéreas de Moçambique estavam numa situação de falência técnica, apresentando capital próprio negativo no montante de 1.321.839.818 meticais, resultante de perdas acumuladas no montante de 4.058.057.985 meticais, e as suas responsabilidades correntes excediam os activo correntes, no montante de 1.507.041.177 meticais.
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