Pessoas ainda não identificadas invadiram um cemitério, exumaram cadáveres e apoderaram-se de ossadas humanas, no distrito de Mandimba, província do Niassa, onde não é a primeira vez que casos desta natureza ocorrem.
A profanação aconteceu no cemitério do bairro Camoto, a 20 de Janeiro passado. Ao @Verdade, a Polícia da República de Moçambique (PRM) disse que pelo menos um cidadão foi detido e está-se no encalço de outros membros do grupo que supostamente tem estado a destruir campas.
Os autores deste acto apoderaram-se de ossadas de algumas partes do corpo e deixaram a coluna vertebral e o crânio.
Em Mandimba não é a primeira vez que ocorrem casos de violação de túmulos e tráfico de ossadas humanas. Até os albinos já foram alvos deste mal que tem semeado temor e repulsa nas comunidades.
Em Moçambique, este tipo de situação consubstancia um ilícito criminal de violação de túmulo, ou seja, à luz do artigo 263 do Código Penal (CP) chama-se desrespeito aos mortos.
Ademais, o acto é entendido como crime de posse de órgãos humanos, previsto e punido pelo artigo 161 do mesmo Código, dependendo de cada caso.
Recorde-se que, a 22 de Janeiro passado, em Tete, a PRM deteve um cidadão de nome Rui Foia, de 36 anos de idade, acusado de profanação de túmulos, tráfico de ossadas humanas e canibalismo.
O visado, surpreendido com partes do corpo humano numa panela e servidas a um dos familiares que denunciou o acto às autoridades, escapou do linchamento que seria protagonizado pela população.
O episódio foi antecedido por exumações e roubo de cadáveres, sobretudo de crianças com menos de cinco ano de idade, no cemitério tradicional de Chimadzi, no bairro Mateus Sansão Muthemba, arredores da cidade de Tete.
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