Um homem matou duas policiais e um civil na cidade belga de Liège nesta terça-feira e depois morreu em uma troca de tiros em uma escola, um incidente que procuradores estão tratando como um ataque terrorista.
O homem de 36 anos foi identificado pela emissora pública RTBF como alguém que cometeu pequenos crimes que havia recebido uma licença de um dia de uma prisão local na segunda-feira. Segundo o canal, investigadores estão analisando se ele se converteu ao islamismo e se se radicalizou na cadeia.
Um procurador público disse em uma coletiva de imprensa que o homem se lançou sobre as policiais por trás com uma faca, descrita pela RTBF como um estilete, perto das 10h30 locais em um bulevar no centro da terceira maior cidade da Bélgica, que fica próxima da fronteira alemã.
O procurador Philippe Dulieu explicou que, depois de golpeá-las, o homem tomou uma de suas armas de fogo e matou ambas a tiros. Depois ele seguiu pela rua e baleou fatalmente um homem de 22 anos que estava no banco do passageiro de um carro estacionado.
Em seguida o homem caminhou até uma escola secundária onde fez uma funcionária de refém, desencadeando uma grande intervenção da polícia.
Os alunos foram colocados em segurança enquanto uma troca de tiros irrompia, obrigando pessoas na rua a buscarem abrigo. Vários policiais ficaram feridos antes de o agressor finalmente ser morto.
“O evento foi classificado como um incidente terrorista”, disse Dulieu. O centro nacional de crises, em estado de alerta elevado desde os ataques cometidos pelo Estado Islâmico em Paris e Bruxelas nos últimos três anos, disse estar monitorando os acontecimentos, mas não aumentou seu nível de alerta.
O jornal La Libre Belgique citou uma fonte policial segundo a qual o atirador gritou “Allahu Akbar” (“Deus é grande” em árabe). Ao expressar seus pêsames às famílias das vítimas, o primeiro-ministro belga, Charles Michel, disse ser cedo demais para dizer o que causou o incidente.
O rei Philippe visitou Liège, a maior cidade da Valônia, região de fala francesa do país. Potência industrial situada junto ao rio Meuse, ela foi o cenário de um massacre em 2011, quando um homem matou quatro pessoas e feriu mais de 100 outras e depois disparou contra si mesmo.
Uma célula do Estado Islâmico baseada em Bruxelas se envolveu nos ataques cometidos em Paris em 2015, que mataram 130 pessoas, e em Bruxelas em 2016, que deixaram 32 mortos.
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