Vodacom, Movitel e MCel apenas disponibilizam serviços em 2G e 3G. Embora o mercado de telecomunicações móveis em Moçambique tenha potencial para crescer nesses serviços é cada vez mais um imperativo a possibilidade de transmissão de dados em 4G que, de acordo com o Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique (INCM), está dependente de um leilão de espectro de frequências radioeléctricas na faixa de 800, 1800 e 2600 MegaHertz que deverá acontecer em 2 a 3 meses.
O actual mercado das telecomunicações móveis não pára de crescer em Moçambique e ainda tem muito potencial com a penetração para zonas cada vez mais rurais. No entanto, e tal como no resto do mundo, as receitas das empresas de telefonia móvel tem vindo a reduzir nas tradicionais chamadas de voz e mensagens de texto para serviços baseados na internet, denominados Over The Top, que requerem cada vez melhor conectividade.
Américo Muchanga, o director-geral do INCM, explicou que por exemplo a Vodacom, que nesta terça-feira recebeu a primeira licença unificada de serviços telecomunicações no nosso país, “já poderia fornecer o serviço de 4G sem precisar de uma nova licença, porque nada mais é que uma tecnologia de transporte do sinal de transmissão de dados”.
Todavia, de acordo com Muchanga, “o que pode impedir o operador Vodacom de implementar é se não tiver um espectro que lhe permita fazer 4G, e neste momento o espectro que os operadores (de telefonia móvel) têm não é suficiente para implementar um serviço integrado de 4G”.
“Se tirassem os serviços que fornecem por cima das faixas 1800 megahertz podia por exemplo implementar o 4G, só que isso havia de pressupor fazer uma reengenharia grande da sua rede para afastar os serviços de 2G (que estão nesses espectro) e abrir o espaço para fazer 4G”, aclarou.
O director-geral do INCM precisou que para que a Vodacom, assim como a Movitel e a MCel possa começar a vender serviços de 4G têm de adquirir o espectro de frequências radioeléctricas necessário que o Governo vai leiloar “daqui há 2 ou 3 meses”.
Fonte sénior da MCel revelou ao @Verdade que no âmbito da fusão com as TDM a empresa está a trabalhar para poder disponibilizar o serviço de 4G até ao final do ano mesmo que o leilão do espectro necessário não aconteça até lá.
O leilão de direito de utilização do espectro de frequências radioeléctricas para a prestação de serviços de telecomunicações de uso público, nas faixas de 800, 1800 e 2600 MegaHertz foi aprovado pelo Conselho de Ministros a 27 de Março.
O preço base de licitação será definido pelos ministros da Economia e Finanças e dos Transportes e Comunicações.
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