Vinte e sete anos depois da criação da Lei de Imprensa em Moçambique as empresa que gerem os medias privados associaram-se para terem “uma palavra decisiva na definição de muitas políticas do sector”.
Surpreendidos com o desejo do Governo de apertar o controle sobre o exercício da actividade de comunicação social em Moçambique as empresas privadas e associações que são proprietárias dos jornais, rádios e televisões privadas reuniram-se, enfim, para fazerem-se ouvir e defender os interesses de um sector que não dá lucros, e é até insustentável, mais ainda assim emprega centenas de moçambicanos.
“A revitalização desta Associação das Empresas Jornalísticas visa essencialmente posicionar-nos como uma industria que quer ter um contributo e uma palavra decisiva na definição de muitas políticas do sector”, afirmou o representante do Grupo Soico, Jeremias Langa, após tomar posse nesta quinta-feira (27) como Presidente da agremiação que no passado dia 14 realizou a sua Assembleia Geral constituinte.
Jeremias Langa, aludindo ao Decreto nº 40/2018 que que tem como objectivo estabelecer o regime jurídico das taxas a cobrar no acto de registo, licenciamento, renovação, averbamentos e encartes publicitários pelos serviços de imprensa escrita, radiofónica e televisiva, incluindo as plataformas digitais, bem como no acto de acreditação e credenciamento de jornalistas e correspondentes nacionais, estrangeiros e colaboradores autónomos”, recordou que: “foram tomadas decisões para a nossa área sem nos consultarem, porque não estávamos devidamente reunidos numa plataforma que pudesse defender devidamente os nossos interesses”.
A formalização da Associação das Empresas Jornalísticas (AEJ) “visa sobretudo que a partir deste momento situações daquela natureza que presenciamos não possam mais acontecer”, acrescentou.
A Direcção executiva da AEJ vai ser presidida pelo Grupo Soico, co-adjuvado pela Mediacoop e a Rede de comunicação Miramar como 1º e 2º vice-Presidentes, para o Secretariado foi eleita a ST Projectos e comunicações.
Para presidir o Conselho Fiscal foi eleita a Maxmedia, Lda que terá como vogais a Afromedia Company e a Apreve.
A Mesa da Assembleia Geral da Associação das Empresas Jornalísticas ficou presidida pelo Canal i, Lda e quem tem o Diário da Zambézia como vice.
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