Uma acção coordenada dos forças que combatem a caça ilegal em Moçambique e na África do Sul resultou na detenção de dois caçadores furtivos poucas horas depois destes assassinarem mais dois rinocerontes no Parque Nacional do Kruger e serrarem os seus cornos.
Como é prática habitual os caçadores furtivos vindos de Moçambique penetraram no Parque Nacional do Kruger na África do Sul, na região próxima a província de Gaza, e abateram dois rinocerontes brancos cujos cornos foram extraídos com recurso a serra.
Mas no silêncio da noite do fim de semana passado os tiros foram ouvidos pelas autoridades sul-africanas que prontamente colocaram-se no encalço dos criminosos.
Chegados ao local do crime detectaram que as pegadas dos caçadores furtivos indicavam que estes dirigiram-se para o Parque Nacional do Limpopo em Moçambique.
As autoridades moçambicanas, que são coordenadas pela Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), foram alertadas e em conjunto foi montada uma perseguição e emboscada dos criminosos pela mata que é cada vez mais dominada pelas forças que combatem a caça ilegal.
Após uma perseguição de várias horas, e numa distância de pelo menos 60 quilómetros, o primeiro furtivo foi localizado e detido na posse de dois pares de cornos de rinocerontes. Já com o dia a raiar o segundo criminoso foi preso na posse de uma arma de fogo e munições que tudo indica sido usada no abate dos rinocerontes.
Fonte da ANAC confirmou que os furtivos detidos são cidadãos moçambicanos e a sua prisão aconteceu no distrito de Mapai no entanto deverão ser transferidos para serem julgados no tribunal provincial de Gaza pois tendo em conta a moldura penal, que é de pena maior, deverão ser julgados na cidade de Xai-Xai.
Embora este pareça ser um caso de sucesso, pese embora o abate dos dois rinocerontes, só estará terminado quando os furtivos forem condenados pois é comum os juízes moçambicanos aplicarem um acórdão do Conselho Constitucional que estabelece que todos os crimes são caucionáveis e como que por artes mágicas os réus, que não têm trabalho nem rendimentos conhecidos, acabam por pagar as cauções mesmo quando fixadas em milhares de meticais.
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